quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Auto Biografia de Norma C. C. C. Zanatta


                                                        Redação – Auto Biografia

 

     Meus pais me deram o nome de Norma porque foi escolhido pela minha madrinha de batismo...

Pois onde nós morávamos era só alemães que residiam naquele lugar chamado linha 7 de setembro, interior de Lajeado, hoje munícipio de Sério.

Morando lá também uma alemoazinha chamada de Norma. Então minha madrinha Adele Branchi quis que me batizassem com este nome que sempre será chamada.

Tenho recordações da minha infância que sempre tenho morado no meio dos precipícios, onde não havia escolas e nem igrejas, por isso peço a Dª Naydes que me desculpe pelo meu pouco saber porque tive muito a pouca instrução durante a minha mocidade.

Procurarei estudar sempre para tornar-me cada vez mais instruída. Seguirei o caminho da escola porque que segue este caminho segue o caminho do bem.

O dia mais agradável para mim foi o da 1º comunhão, porque todas as crianças iam receber o Salvador do mundo que sofreu para nossa salvação.

Outra alegria tive quando comecei a frequentar as escolas onde cheguei a avaliar o que era viver nesta terra que é chamada de Pátria.

Até hoje na minha vida tive poucos prazeres. O pior foi para mim no tempo em que meu pai enlouqueceu. Isto aconteceu na semana santa no lugar chamada Sampaio, no munícipio de Lajeado.

Na Quita feira Santa pela manhã ao romper da aurora os raios entraram pelas janelas e papai levantou gritando e foi para o moinho e dizia sempre: Tragam bastante pão que hoje há de vir muita gente aqui em nossa casa.

Chegava gente no moinho e papai os surrava porque eles não diziam que ele era, deus.

Papai só dizia que ele era deus e nós os filhos de deus. Que não dizia assim apanhava dele.

O mais triste aconteceu depois quando ele pegou o facão e o afiou bem e pegou uma gamela e queria cortar-se o pescoço e ele dizia que o sangue devia ser posto naquela gamela(bacia).

Depois reuniram-se várias pessoas e o deitaram no chão e a mamãe o amarrou fortemente nos braços e nas mãos. Era uma tristeza ao ver aquela procissão de gente uma atrás do outro e na frente amarrado que cantava e gritava. E o levaram para a sede do município.

Aqui só descrevi o primeiro dia porque se vou descrever tudo não há tempo que chegue  descrever o que passamos durante 3 anos de sua loucura.

Eu hoje calculo que sou muita esquecida fraca porque tenho levado muito sustos enquanto menina de meu pai.

Em fim até hoje para mim foi esta a maior tristeza.

Para o futuro desejarei ser uma boa mestra procurando estudar sempre, porque a professora tem uma grande responsabilidade para com seus alunos que lhes forem entregues, fazendo crescer no espírito da criança sentimentos de brasilidade e que um dia elas possam viver bem no meio da sociedade.

NORMA CORBELLINI

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