terça-feira, 30 de junho de 2015

A maratona dos jesuitas sobreviventes do naufrágio de 1744


A MARATONA DOS JESUITAS SOBREVIVENTES DO NAUFRÁGIO DE 1744

               Referem-se a ela, em suas respectivas obras os historiadores gaúchos Aurélio Porto e Arnaldo Bruxel, S.J. Diz o primeiro em sua obra citada:

               “Mais tarde” – antes, ou em 1742, tinha aportado em Rio Grande uma armada inglesa, que se destinava aos mares do Sul – em 1744, na paria de Xarqueda, naufragou uma nau francesa, a DUC DE CHARTRES, em que vinham, além de outros passageiros, 30 jesuítas de várias nacionalidades, que se destinavam às províncias do Paraguai e do Chile. Destes morreram 24, sendo os que se salvaram levados pelo Padre Melcchior Strasser, alemão, a pé até o Presídio, onde receberam socorros do Governador” (Op. Cit., 2 parte, p. 134).

               Em seguida traz esse autor parte da carta, que o mesmo Pe, Strasser escreveu em Buenos Aires, aos 15-9-1744, a um confrade seu da Europa. Este publicou-a, alguns decênios mais tarde, no jornal “ Der Neue Welt-Bott” que conta hoje, com vários volumes em fólio, entre as obras impressas mais originais, divulgadas na Europa do século 18. E é tida como fonte de primeira qualidade para a História das Missões.

               O Pe. Arnaldo Bruxel tem, em são Leopoldo, esse texto todo, em cópia de microfilme e lhe encontrou, em 1958, no “Arquivo General de  lá Nación” de Buenos Aires, a tradução espanhola, feita pelo Pe. Juan Muehn, S.J. Passou-o para o vernáculo e o publicou, acrescido duma bela introdução em “Pesquisa”, revista do “Instituto Anchietano de Pesquisas” (n 2, 1958, págs, 55-73), dando-lhe por título “Um naufrágio nas Praias de Tramandaí, pelo P. Melchior Strasser, S. J.”. Aqui ou menos algo, e de modo sumario desse texto!

               Como se viu acima, indica A. Porto de Xarqueadas como lugar desse naufrágio. Ficava pois no município de Norte ou de São José do Norte, devendo hoje situar-se perto de Quintão. Diz o Pe. Bruxel: “Salvo engano, tratar-se no caso do naufrágio nas praias de Tramandaí dos primeiros (!) jesuítas que palmilharam as praias do nosso Estado, entre Tramandai e Rio Grande, no dia 11 de janeiro de 1744, depois de naufragar na altura de Tramandai, na madrugada do dia indicado” (p, 56). E observa ainda, antes de passar à oferta do texto propriamente dito do Pe. Strasser:

               Deixemos aos Deixemos os geógrafos averiguar mais exatamente o lugar do naufrágio. Mas parece-nos provável, que se tenha dado nas  imediações do atual balneário de Tramandaí, por várias razões. Primeiro, porque a carta diz expressamente que os postos portugueses informaram que 4 léguas terra a dentro do naufrágio, ficava a guarda do TREMENDI (!), que certamente é o nosso moderno nome de Tramandaí. Do lugar caminharam para o sul uns dez dias, com 4 léguas “cortas” (curtas) diárias, o que daria uma distância de uns 200 e tantos km., onde encontraram a guarda de “Buchura”, que certamente seria o que os mapas de turismo marcam com o nome de Bojurú, que fica mais ou menos nesta distancia. Daí chegaram em um dia de marcha ao Estreito, e com mais outro dia à margem do Rio, onde em uma embarcação passaram para o Rio Grande...” (p. 58).

               Do relato de Pe. Strasser, que mereceria aqui inteira transcrição, só alguns dados sumários: 1º: O naufrágio ocorreu por um engano do capitão, que esperava buscar por aí algum lugar contra a temida pirataria inglesa. 2º: Acontecido o naufrágio, houve o esforço sobre humano de salvar-se que pudesse. Ascendeu o número de vitimas a 54 homens, 30 seculares e o resto Jesuitas, a maior parte espanhóis. Só se salvaram 6 dos 30 jesuitas passageiros. Entre os mortos havia também um austríaco, o jesuíta Pe. José Tolpeit, natural do vale de Puster. 3º: Depois desse infeliz naufrágio, os sobreviventes se ocuparam, nos dias 12 e 13, com o enterro dos mortos que o mar arrojava à praia e a coleta de viveres que as mesmas ondas atiravam sobre as areias. 4º: Dia 14 começa a caminhada penosa , que bem se pode classificada de verdadeira maratona... 5º: No 11º dia de sua peregrinação, dia colocado sob a proteção de S. Luís (!), enxegou-se, finalmente, ao longe pequena choupana de palha, pertencente à guarda portuguesa e de nome “Bochura” (deve ser Bojurú). Era a salvação dos pobres sobreviventes de um terrível naufrágio e precisamente no dia que eles haviam colocado sob a proteção a São Luís...

               Desta carta-relato, de conteúdo trágico, limitamo-nos a concluir com certeza que, em início de 1744, ao menos 6 jesuitas percorreram como que de ponta a ponta, o atual território da paróquia e munícípio de Mostardas.

 

Bibliografia                                                

JESUITAS EM MOSTARDAS RS. Pe. Artur Rabuske S.J opúsculo sem outras informações.

40 Frases impagáveis do Barão de Itararé


40 frases impagáveis do Barão de Itararé

Um grande humorista ganhou uma biografia alentada, “Entre Sem Bater — A Vida de Apparício Torelly, o Barão de Itararé” (Casa da Palavra, 480 páginas), de Cláudio Figueiredo. Criador do jornal “A Manha”, o Barão ridicularizava ricos, classe média e pobres. Não perdoava ninguém, sobretudo políticos, donos de jornal e intelectuais.

Ele não era barão, é claro. Mas deu-se o título de nobre e nobre se tornou. O primeiro nobre do humor no Brasil. Debochava de tudo e de todos e costumava dizer que, “quando pobre come frango, um dos dois está doente”. Ele é um dos inventores do contra-politicamente correto.

Há muito que o gaúcho Apparício Fernando de Brinkerhoff Torelly (1895-1971) merecia uma biografia mais detida. Em 2003, o filósofo Leandro Konder lançou “Barão de Itararé — O Humorista da Democracia” (Brasiliense, 72 páginas). O texto de Konder é muito bom, mas, como é uma biografia reduzida, não dá conta inteiramente do personagem, uma espécie de Karl Kraus menos filosófico mas igualmente cáustico.

Quatro depois, o jornalista Mouzar Benedito lançou o opúsculo “Barão de Itararé — Herói de Três Séculos (Expressão Popular, 104 páginas). É ótimo, como o livrinho de Konder, mas lacunar. No final, há uma coletânea das melhores máximas do humorista, que dizia: “O uísque é uma cachaça metida a besta”.

- O que se leva desta vida é a vida que a gente leva.

- A criança diz o que faz, o velho diz o que fez e o idiota o que vai fazer.

- Os homens nascem iguais, mas no dia seguinte já são diferentes.

- Dize-me com quem andas e eu te direi se vou contigo.

- A forca é o mais desagradável dos instrumentos de corda.

- Sábio é o homem que chega a ter consciência da sua ignorância.

- Não é triste mudar de ideias, triste é não ter ideias para mudar.

- Mantenha a cabeça fria, se quiser ideias frescas.

- O tambor faz muito barulho, mas é vazio por dentro.

- Genro é um homem casado com uma mulher cuja mãe se mete em tudo.

- Neurastenia é doença de gente rica. Pobre neurastênico é malcriado.

- De onde menos se espera, daí é que não sai nada.

- Quem empresta, adeus.

- Pobre, quando mete a mão no bolso, só tira os cinco dedos.

- O banco é uma instituição que empresta dinheiro à gente se a gente apresentar provas suficientes de que não precisa de dinheiro.

- Tudo seria fácil se não fossem as dificuldades.

- A televisão é a maior maravilha da ciência a serviço da imbecilidade humana.

- Este mundo é redondo, mas está ficando muito chato.

- Precisa-se de uma boa datilógrafa. Se for boa mesmo, não precisa ser datilógrafa.

- O fígado faz muito mal à bebida.

- O casamento é uma tragédia em dois atos: um civil e um religioso.

- A alma humana, como os bolsos da batina de padre, tem mistérios insondáveis.

- Eu Cavo, Tu Cavas, Ele Cava, Nós Cavamos, Vós Cavais, Eles Cavam. Não é bonito, nem rima, mas é profundo…

- Tudo é relativo: o tempo que dura um minuto depende de que lado da porta do banheiro você está.

- Nunca desista do seu sonho. Se acabou numa padaria, procure em outra!

- Devo tanto que, se eu chamar alguém de “meu bem”, o banco toma!

- Viva cada dia como se fosse o último. Um dia você acerta…

- Tempo é dinheiro. Paguemos, portanto, as nossas dívidas com o tempo.

- As duas cobras que estão no anel do médico significam que o médico cobra duas vezes, isto é, se cura, cobra, e se mata, cobra.

- O voto deve ser rigorosamente secreto. Só assim, afinal, o eleitor não terá vergonha de votar no seu candidato.

- Em todas as famílias há sempre um imbecil. É horrível, portanto, a situação do filho único.

- Negociata é um bom negócio para o qual não fomos convidados.

- Quem não muda de caminho é trem.

- A moral dos políticos é como elevador: sobe e desce. Mas em geral enguiça por falta de energia, ou então não funciona definitivamente, deixando desesperados os infelizes que confiam nele.

As dores do mundo


As dores do mundo

 

Sinto bem fundo

todas as dores do mundo.

 

Só que meu poema

não conseguiu tocar

em feridas maiores,

Abro os jornais

e leio e choro e me arrepio

Com fome,

Com guerra,

Com aids,

Com violência,

com destruição

Do verde e da vida.

 

Tento escrever,

mas sai um poema importante.

Fico pensando:

as dores do mundo

pedem canções

Ou exigem ação?

 

Elias José, Cantigas de adolescer.

São Paulo, Atual, 1992.

Coletânia de Benzeduras


Benzeduras  

Santa Barbara bemdita

Que no céu está escrita

Com os álvos de  água benta

Acalmai essa tormenta

Irani Maria Oliveira  ensinou para Maria Morais de Oliveira e também  para o filho Mauricio Oliveira.

 

Mau Jeito

O que eu cozo: /( repetir) o que eu cozo – Fio Torto, assim como o sal.

Nasce da terra,

Entra no rio

Assim como o fio torto

Vai para ter  “ser”

Tu estas

Em teu lugar.

Reza 3 vezes e cada uma (a oração e a Ave-Maria).

 

Em vosso louvor

Em São Silvestre

Essa benzedura preste.

 

Em Louvor de São Simão

Essa benzedura

Há de tirar com a mão

Nossa Senhora da Conceição

E a luz do Cristo (Cristão)

Que tudo há de ficar bom. Amém

Oração do Vento

Em nome de Deus e da Virgem Maria, corte o vento, pela cabeça, pelo rabo e pela raiz. Em Nome /de Deus e da Virgem Maria.

Renildo Pereira

Benzedura de Sol

Nossa Senhora quando no mundo andou, muito sol na cabeça dela entrou. Com que tiraria, com um pano lavado e um copo de água fria. Em nome de Deus e da Virgem Maria.  Deve fazer durante 3 dias. Fazer quando há sol.

 

Oração do vento

Vento manso e humilde

Te vejo, como te viu Cristo

Senhor Nosso Cristo Jesus

Nome de Deus e da Virgem Maria.

 

Oração para abrandar temporais

Santa Barbara, bendita

Lá no céu está escrita

Entre cruz água benta

Abranda essa tormenta.

 

São Jerônimo, se levantou

E seu sapatinho calçou

O Senhor lhe perguntou

 Onde vais jerônimo

Vou andar pela trovoada

Pois ela anda armada

Então vais;  pois não tenho

Nem pão e vinho

Nem folha de rosmaninho

Onde não se ouve o cantar do galo,

Nem tocar o sino.

 

São benedito

São benedito

Não come, nem bebe

Está sempre gordito.

 

Santo Deus, santo forte

Em nome de Jesus Cristo

Jesus misericordioso

Não, há perigo nenhum.

Amém.

 

Em Nome da Virgem Maria

E de Deus Nosso /senhora

Corte o mal pela cabeça e pelo rabo.

 Em nome do Pai e da Virgem Maria

Renildo Carvalho Pereira

 

Em Louvor a São Joaquim

Se queres que nasça

O que fique sempre assim.

 

Seu borbomo tornou cristão e lhe perguntou.

Santa Barbara onde vais?

Vou para bem longe desarmar as trovoadas

Onde não haja vinho e nem pão, e nem sinal de cristão.

Maria Balbina de Souza Noba.

 

Santa Barbara bendita

Pelos céus está escrita

Com dizopia e água benta

Nos livrai desta tormente.

Eloa Neves das Neves

 

Cristo está vivo, Cristo vivo está

Cristo nos defenda, desta tempestade má

Pela vossa chaga pela vossa cruz

Livrai-nos Deus e o menino Jesus

 

O Virgem Maria

O virgem sem igual

Livrai-nos da tempestade

E de todo mal

 

Santa Barbara pequenina

Se vestiu, e se calçou e seu bordão na mão tomou

Perguntaram onde vais Santa Barbara?

Vou correr esta trovoada

Onde não há pão e vinho

Nem o bafo do menino

Ivanilda Barros

 

São Jeronimo se levantou

E seu sapatinho calçou.

O Senhor lhe perguntou:

Onde vais Jerônimo?

Vou andar pela armada,

onde há trovoada.

Então vais, pois não tem, pão e vinho

Nem folha de rosmaninho, onde  não se ouve

O tocar do sino .

 

Santa Barbara

São Jerônimo

Lá no céu está escrita

Abrandar essa tormenta

Com sal e água benta

Em Nome de Deus e Virgem Bendita

Repetir 3 vezes  e Rezar: Pai Nosso- Ave Maria e Gloria aoPai.

 

Santa Barbara  está bendita

Com isopo de água benta,

Abrandai essa tormenta

Ondeina Mendonça das Neves  ensinou para filha Eloá Neves das Neves.

 

Cristo está vivo

Vivo Cisto está

Livrai-nos da peste má.

 

Sangue de anjos

Sangue de Cristo

Livrai-nos dos ventos

Dos raios e coriscos.

Vergilia Pereira das Neves, ensinou para:  Eloá Neve  das Neves

 

Oração de Santa Bárbara

Santa Barbara donzela, do mundo fostes estrela, do raio a oração: São Pedro, São Simão tendes a chuva do trovão, assim como eles foram santos, fizeram dos trovões mansos. Santo Antônio pequenino se vestiu e se calçou; Nossa Senhora o encontrou e perguntou; Onde vais meu bom Antônio, vou para o rio Jordão espalhar esta tormenta que não caia nem pó nem grão em filho de cristão: Lá no céu ouvi uma voz da divina majestade, livrai-nos o Virgem Santíssima da cruz em que Jesus Cristo Morreu. Amém (ler 3 vezes).

 Reze 1 pai nosso, ave-maria e gloria ao Pai.

 

Benzer em cruz os cantos da casa (dentro de casa 4 cantos) . Deixe fora 1 canto da casa.

Aroni Nascimento

Santo Antônio Glorioso se vestiu e se calçou, vai pro lado de marão espalhar esta tormenta que caia no vagão (repetir 3 vezes). Em nome de Deus e da virgem Maria.

(Com o Machado)Corta em cruz no lado que vem o tempo se formando, dizendo: Corto o vento e não corto a chuva em nome de Deus e da virgem Maria (3 vezes).

Laura Ribeiro Nascimento

 

Oração – Santa Barbar e São Jeronimo – Neli Cardoso de Aguiar

Pedra ou vento, manso e humilde, benzo em nome Jesus, Maria e José.

Vento Deus te afugente debaixo da árvore da vera cruz. Benzo com fé em nome de Deus e Maria e José.

Nossa Senhora Benta, acalme esta tormenta em nome de Deus e da Virgem Maria.

 

Mau olhado

Alecrim que nascentes sem ser semeado. A virtude que Deus te deu, te livre do mau olhado.

Achar coisas perdidas

São Vitor , São Vitor se achar o que eu perdi, darei três gritos.

 

Benção de animais

Benzo este terneiro, vaca ou boi (menos cachorro e ovelha) se for maldade ele sara, se for mordida de bicho  morrerá de 1 a 2, 3 a 4, 5 a 6, 7 a 8, 9 a10  até nove maldito sair daqui.

Reze um Pai Nosso.

 Espinhela caída

Porta e janelas aberta para bandas do mar, espinhela caída vai para o seu lugar.

 

Mau olhado

Alecrim que nascestes sem ser semeado a virtude que Deus te Deus (nome da pessoa).

Reze 1 Pai Nosso, Ave Maria e Gloria ao Pai...

 

Oração a Santa Barbará

Santa Barbará, santos fortes, santos imortais, miserenovi, santa Barbará se levantou com seu livro na mão. Onde vais a correr Santa Barbará, vou aliviar aquela trovoada que vai a correr, então vai santa Barbará, leva para o monte maninho, onde não haja pão nem venho, nem bafo de menino, v, olhos grossalei-me santíssima trindade. Amém, rezar a Salve Rainha.

 Auxilia Lourenço da Silva ensinou para a filha Margarida dos Santos ensinou para a neta Emília dos Santos.

 

Benzedura de Quebrante

Nome da pessoa

Se te botaram quebrante, inveja ou mau olhado, olhos grossos, te botaram com olhos, com 2 olhos com as 3 virgens tirará. Em nome do Pai do Filho e do Espírito /santo Amém. Fazer 3 vezes.

Orelia Marques Pinheiro  aprendeu de sua avó.

 

Santa Barbará e são Gerônimo se calçaram e se tornaram dom de Cristo que lhes perguntou: ou  vias abrandar essa tormenta que lá no céu está armada entre cal e água benta.

Emilia Marques de Souza

 

Benzedura de tempo

O que é estou cortando essa tormenta, és de vento de pedra ou trovoada que seja cortada em nome do Pai Filho e Espírito Santo.

Francisca Silva e Maria Silvar

 

O que é que Corto, infecção na coluna, junta desconjuntada e assim como estou benzendo, estou cortando essa infecção, da coluna e essas juntas que estão fora do lugar. Assim como Deus aperfeiçoou o mundo dele que Ele aperfeiçoa a coluna dessa pessoa. Sem em e sem sofrimento meu Pai.

Fazer 3 vezes  na lua minguante.

Francisco de Assis Oliveira.

 

Oração

Senhor eu queria me deitar

Se dormir me acorda

Se morrer me alumia

Que as três  pessoas da Santíssima trindade. Amém

Estela Barroco Pereira aprendeu da Zulmira Branco Pereira

 

Para dor de Cabeça

Nossa Senhora pelo mundo andou, um sol nsolou, com quem te curou, um guardanapo de favo e meio copo de água em Nome de Deus e da Virgem Maria.

Fazer 3 vezes. Se ferver é que a pessoa está com sol.

 

Para cobreiro

O que eu corto. Cobreiro brado. Cobra cobrão, sapo sapão aranha aranhão bicho de toda a nação. Corta a cabeça o meio o rabo e o coração. Assim são ditas as palavras. Reza 1 pai Nosso e 1 ave- Maria. Pega um carvão e diz as palavras e corta o coração e encosta na pessoa.

 

Espinhela caída

Eu dependurado na porta de frente para o mar diz Espinhela caída, vai pra o teu lugar.

 

Engasgado

Ao louvor de são Bento,

Ou para fora ou para dentro

Osso fora, osso dentro.

 

Vista

Cavalinho por cima do cerro

Depois  Santa Luzia

Sai tergueiro

Encalho

Te benzo em Nome de Deus e da Virgem Maria.

 

Em nome do Pai

Seu Julião vindo de Roma no caminho encontro, Jesus Cristo e lhe perguntou. Como vai por lá Julião. Muito mal, com anpola, apolão, zagro zagrão, zeripela zeliperão. Da volta vou benzer a ampola apulolão, zagro zagrão, zeripela zeripelão com o óleo da oliva. A pena da galinha viva e a Igreja de Deus e da Virgem Maria e a Cruz de Cristo que tu há de sarar. No final a pessoa pega um pires com óleo e a pena de galinha viva para benzer. Tem que fazer 3 vezes reza 1 Pai Nosso e 3 ave Maria. Termina com a Salve rainha. Passa ao redor da erezipela e faz a cruz encima.   Gracinda Barroco aprendeu de sua avó.