Chico Vagabundo
Caderno de poesia de Norma C.C.C. Zanatta
Nunca existiu criatura
Mais preguiçosa no mundo
Toda a gente o conhecia
Como chico vagabundo
Cansados de sustentá-lo
E lhe dar conselhos em vão
Seus amigos decidiram
Aplicar-lhes uma lição
Agarraram o indolente
E o puseram num caixão
Tendo o féretro seguido
Uma longa procissão
Ao passar por um estranho
Este muito comovido
Quis saber por toda a força
Quem e que tinha morrido
Não morreu disseram eles
Vai vivi pró cemitério
Merece bem essa sorte
Quem não leva a vida a sério
É um vádio um pobrezinho
Sem coragem pra viver
De que lhe serve essa vida
Se nem tem o que comer
Mas para resolver o assunto
O estranho se interpôs
Se é por falta de comida
Darei um saco de arroz
O chico que tudo ouvira
Ergue tampa do caixão
E voltando ao doador
Exige uma condição
Se o arroz estiver bem limpo
Aceito e fico contente
Mas se for arroz com casca
Toque o enterro prá frente
Outono
Olhando a natureza outonal
Percebe-se o ciclo da vida
Vai forrando o chão das praças
Mostrando a vida que se vai
Nos encanta os lindos tapetes
Algo lindo para vislumbrar
Ver o tapete feio pelo criador
Vale a pena olhar e meditar
O outono é a vida meditativa
As folhas começam a cair
E a vida começa a declinar
As folhas um dia foram verdes
Agora estão a amarelar
Lembra que a vida vai findar.
Frei Paulo Zanatta
São José do Herval Maio de 2014
Retiro
Participei do retiro de 2014
Pregado pelo frei Salvador
Insistiu no ponto de partida
Para chegar ao fim com Nosso
Senhor
Falou do ponte de partida
Que é o ponto de chegada
Falou das motivações humanas
E das motivações divinizadas
O “SER” e as motivações
antropológicas
Sem esquecer as explicações
teológicas
Chegando as ações sotereologicas
Agindo desta forma no cotidiano
Tornado de forma subjetiva
Tudo que forma de forma objetiva
Garibaldi 15-05-2014
O Ser
O Fim justifica os meios
Os meios não justificam os fins
O fim último da Existência Humana
E o ponto de é a chegada é o fim
Parece contraditório viver
Pensar a existência em função do
fim
O que conduz ao fim último
E tudo que é começar pelo fim
A natureza dos ser inteligente
Faz pensar que o fim chegará
E dela nenhum ser criado escapará
Tudo que começa termina
Pois o criador que assim
Porém Ele não tem comem e nem fim
Garibaldi 15-05-2014
Frei Paulo F Zanatta
Pronominais
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e do bom branco
Da nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro
Osvald de Andrade.
Literatura Comentada
Missões
As missões em São José
E motivo de se alegrar
Os missionários de vacaria
Anunciam Jesus Cristo com Alegria
As missões aconteceram
No tempo do Burro morto
Há tanto tempo acontecido
Muitos já estão mortos
As missões vieram para semear
A palavra do Evangelho
Aos Hervalenses do lugar
Missões tempo de renovar a vida
Tempo de perdoar ao irmão
Missão tempo semear vida nova
Tempo de perdoar, amar e viver
São José do Herval 11-12-2014
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