terça-feira, 3 de março de 2015

Chico Vababundo


Chico Vagabundo

Caderno de poesia de Norma C.C.C. Zanatta

Nunca existiu criatura

Mais preguiçosa no mundo

Toda a gente o conhecia

Como chico vagabundo

 

Cansados de sustentá-lo

E lhe dar conselhos em vão

Seus amigos decidiram

Aplicar-lhes uma lição

 

Agarraram o indolente

E o puseram num caixão

Tendo o féretro seguido

Uma longa procissão

 

Ao passar por um estranho

Este muito comovido

Quis saber por toda a força

Quem e que tinha morrido

 

Não morreu disseram eles

Vai vivi pró cemitério

Merece bem essa sorte

Quem não leva a vida a sério

 

É um vádio um pobrezinho

Sem coragem pra viver

De que lhe serve essa vida

Se nem tem o que comer

 

Mas para resolver o assunto

O estranho se interpôs

Se é por falta de comida

Darei um saco de arroz

 

O chico que tudo ouvira

Ergue tampa do caixão

E voltando ao doador

Exige uma condição

 

Se o arroz estiver bem limpo

Aceito e fico contente

Mas se for arroz com casca

Toque o enterro prá frente

 

 

 

 

 

 

 

 

Outono

Olhando a natureza outonal

Percebe-se o ciclo da vida

Vai forrando o chão das praças

Mostrando a vida que se vai

 

Nos encanta os lindos tapetes

Algo lindo para vislumbrar

Ver o tapete feio pelo criador

Vale a pena olhar e meditar

 

O outono é a vida meditativa

As folhas começam a cair

E a vida começa a declinar

 

As folhas um dia foram verdes

Agora estão a amarelar

Lembra que a vida vai findar.

 

Frei Paulo Zanatta

São José do Herval Maio de 2014

 

Retiro

Participei do retiro de 2014

Pregado pelo frei Salvador

Insistiu no ponto de partida

Para chegar ao fim com Nosso Senhor

Falou do ponte de partida

Que é o ponto de chegada

Falou das motivações humanas

E das motivações divinizadas

 

O “SER” e as motivações antropológicas

Sem esquecer as explicações teológicas

Chegando as ações sotereologicas

 

Agindo desta forma no cotidiano

Tornado de forma subjetiva

Tudo que forma de forma objetiva

Garibaldi 15-05-2014

 

O Ser

O Fim justifica os meios

Os meios não justificam os fins

O fim último da Existência Humana

E o ponto de é a chegada é o fim

 

Parece contraditório viver

Pensar a existência em função do fim

O que conduz ao fim último

E tudo que é começar pelo fim

 

A natureza dos ser inteligente

Faz pensar que o fim chegará

E dela nenhum ser criado escapará

 

Tudo que começa termina

Pois o criador que assim

Porém Ele não tem comem e nem fim

 

 

Garibaldi 15-05-2014

Frei Paulo F Zanatta

 

Pronominais

Dê-me um cigarro

Diz a gramática

Do professor e do aluno

E do mulato sabido

Mas o bom negro e do bom branco

Da nação Brasileira

Dizem todos os dias

Deixa disso camarada

Me dá um cigarro

Osvald de Andrade.

Literatura Comentada

 

 

 

 

 

Missões

As missões em São José

E motivo de se alegrar

Os missionários  de vacaria

Anunciam Jesus Cristo com Alegria

 

As missões aconteceram

No tempo do Burro morto

Há tanto tempo acontecido

Muitos já estão mortos

 

As missões vieram para semear

A palavra do Evangelho

Aos Hervalenses do lugar

 

Missões tempo de renovar a vida

Tempo de perdoar ao irmão

Missão tempo semear vida nova

Tempo de perdoar, amar e viver

                  São José do Herval 11-12-2014

Nenhum comentário:

Postar um comentário