terça-feira, 16 de setembro de 2014

Cotetânia IV

POESIA (POPULARES)

Odílio Ferreira

Você partiu sem dizer adeus
Voltou para junto do pai
Voltou para a casa paterna
Sim voltou para junto de Deus

O relógio do tempo parou
Este não podia consertar
Parou no tempo imprevisto
Parou para descansar

Como era bom o tempo de criança
Quando vocês iam nos visitar
Com toda sua família na serra
Em Garibaldi foram nos procurar

Nas andanças pelo Rio Grande
A alma capixaba a perambular
Sempre a procura de amigos
Trabalhando pela saúde e paz

Em Porto Alegre sempre foi visitar
Sempre falava de meus avós
De minha família queria falar
E o bom café servia e devia tomar

Quando entrei no seminário
Na chácara fui visitar
La inventava-mos um pouco de tudo
Que nem percebia o tempo passar

Belém Novo ficou na história
Lá um dia fui trabalhar
Meu prazer era saber
O dia que Seu Odilio e Ilka fossem passar

Foi o lar de minha família
Quando em Porto Alegre fossem consultar
Era uma casa acolhedora
Sempre prontos a nos ajudar

Nunca perdi a ligação
Desta família e modelar
Sempre telefono na Capital
Para saber como estão e visitar

Sua morte pegou-nos de surpresa
No Dia da Festa do Corpo de Deus
Que o Cristo ressuscitado
O Leve na presença de Deus
Ficamos entristecidos pela ausência
Pela suas brincadeiras e bondade
Tanta criatividade era sua marca
Em sua casa era uma festividade

Seu Odílio você era amigo
Bondoso bom e brincalhão
Era a alegria de casa
Descanse em paz querido irmão

Todos os que o conheceram disseram
Que bondade que paixão
Vivia para sua família
Foi um homem foi um amigão

Sua história foi marcada
Por muitas lembranças e recordações
Muitas coisas bonitas e belas
Porém sempre queria voltar para o rincão

Partiu o amigão
Volte para junto de Deus Pai
Junto do Deus Filho
Do teu Espírito Santo. Que teu

Adeus seu Odilio
Adeus meu irmão
Adeus alma inquieta
Adeus, adeus, irmão


Bagé, 28-05-2005
Frei Paulo Zanatta

Chova água
Uma garoa
Cada pingo
Uma lagoa

Mulher do Morgado

História
Um fazendeiro tinha uma capataz e esse tinha uma mulher bonita. Ele estudou uma viajem para capataz a São Paulo. Ele disse que encontraria com um aleijado na rodoviária que anda de muleta e manca de uma perna. Quando o capataz chegou na rodoviária de são Paulo, encontrou o aleijado e leu a carta que tinha um cheque com o dinheiro. Isso fala alto pois tem razão.
Disse o aleijão que fazia de tudo para que o capataz retorna-se no mesmo dia com o primeiro vôo. Que iria compara a passagem para as 4h da tarde, mas ele acabou perdendo o avião. O aleijado mandou um bilhete dizendo.
Disse meu compadre lá de fora
Brasileiro ou Português
Quando quiser comer ela
Mande ele outra vez



A PRIMAVERA 2009
Frei Paulo Zanatta
A primavera diferente
A vegetação está sofrendo
Nada brota direito
E o mundo em transformação

O Ser
humano mexe na natureza
Bombas foguetes e irradiação
Quem sofre com tudo isso
São todos que menos tem condição

Assim é a vida no planeta
Mudou tanto não é mesma
Uma hora é inverno outra é verão

A vida esta morrendo
A cada lugar há um lixão
Coitados dos que sobreviverão



Poesias diversas
Maura Rodrigues Reveiro
Ana Nunes Leitão

No fundo do mar tem peixe
E na beira tem camarão
E nas ondas dos teus cabelos
Navega meu coração

O sapatinho me aperta
E as meias me dão calor
O menino da frente
Me tem loco de amor

Vem saindo sol
Redondo como uma espora
Me fizeram a cama curta
Que eu dormi com os pés de fora

Terezinha de Jesus
Abre a porta e vê quem é
É um homem pequenino
Que tem medo de mulher

Eu sabia tantos versos
Que eu tinha um saco cheio
Mas os ratos deram nele
E deixaram pelo meio


Não tenho ricos presentes
Nada te posso ofertar
Mas por isso do meu peito
Meu coração vai falar

Sempre ao lado dos seus filhos
Os paizinhos queridos
Desejo-lhe mil venturas
De tão longa vida

Com “a” escrevo amor
Com “p” escrevo paixão
Com “t” escrevo Tereza
Barroco do meu coração

Escrevi na areia fina
Com pena de pavão
Para dar saber ao povo
Que por ti tenho paixão

Quisera ser um lagrima
Para em teus olhos nascer
Correr pela tua face
Em teus lábios morrer

Quem quiser saber meu nome
Dá uma volta no quartel
O meu nome está escrito
No chapéu do Coronel

Eu estava na janela
Comendo rapadura
Passou meu namorado
Me chamou de cara dura

Eu estava no portão
Tomando chimarrão
Passou o namorado
Me chamou de coração

Quando veres a garça branca
nos ares assim voando
lembra-te que minhas saudades
que vão te acompanhando

Atirei um limão verde
De cima da sacristia
Deu no cravo deu na rosa
Deu no moço que eu queria

No tempo que te amava
Mais gostastes que eu andasse no mar
Tapado de palha seca
Chupado pelos carrapatos

No tempo em que eu te amava
Eu pulava cera de espinho
Agora pago dinheiro
Para não ver teu fusinho

Eu sabia tanto verso
Que tinha um saco cheio
Os fatos me bateram
Me deixaram pelo meio

Escrevi na areia fina
Com pena de pavão
Para dar saber ao povo
Que por ti tenho paixão

Gosto da rosa branca
Nas não desprezo açucena
Não sei que tem meus olhos
Que gosto da cor morena

Gosto da letra l
Por ela suspiro e choro
Por que com ela escrevo
Lauro que mais adoro

Se eu pudesse e bem quisesse
Fazer o dia maior
Dava um nó na fita verde
Fazia parar o sol

Eu estava na janela
Comendo rapadura
Passou meu namorado
Me chamou de cara dura

Eu estava na janela
Tomando um copo d’água
Passou meu namorado
Me chamou de caixa d’água

Pirulito que bate bate
Pirulito que já bateu
A menina que eu amava
Coitadinha já morreu

Eu sábia tanto verso
Que tinha um saco cheio
Os ratos me bateram
Me deixaram pelo meio








Dia Mundial da Juventude

Juventude é sol nascente
Ditosa aurora da vida,
É mar revolta, corrente,
Longínquo cais de partida

Juventude é esperança
Chama sedenta de amor
Música, passo de dança
É raiz, néctar e flor.

Juventude é rara graça
Que deus deu á Natureza
Vive-a bem, que quando passa
Deixa saudade e tristeza


Seguindo Maria
Frei Paulo Zanatta
Lá vou eu, nos caminhos de Maria
Lá vou eu, vou com Deus no coração
Lá vou eu, vou irmão, vou companheiro
Se preciso romeiro, pisar firme nesse chão

Vou, eu vou seguindo Maria
Dentro do meu peito, luz do caminhar
Vou, eu vou, levando alegria,
Plantando a fé, em todo lugar.

Lá vou eu, vou traçar a minha sorte
Pois destino é coisa que a gente faz
Lá vou eu, não me rendo a força bruta
Sou duro de queda e luta
Sofro porém durmo em paz

Irmão Cordeiro
alimentava-se de insetos e, quando nessa moleza total saiu de sua alma o soneto que segue gravado na palhoça que ficou meses, as letras eram de sangue e ele jamais o esqueceu.....: (no barro)

Sinto que morro lentamente à fome
Meu corpo treme, sou uma chaga e dor,
Sangram-me as mãos e os pés, sinto o torpor
Sinto a agonia que me rói e consome

A noite é longa e cruelmente insone
Gemem fantasmas entre as trevas Horror...
Correm insetos em meu corpo e o ardor
Gera um inferno sem igual, sem nome

Tornei-me um verme da crueldade humana
Meu corpo nu, marcado de violência
Coteja o sangue de uma vingança insana

Não peço aos homens nem perdão, nem clemência
Ao Deus que tudo vê e nada engana
Proclamo a minha fé é inocência

Certo dia dirigentes da Frelino de visita ao campo de concentração viram a avioneta que haviam estacionado levantar vôo e desaparecer. Nela ia Irmão Cordeiro à caminho da Rodésia e da Liberdade...
Relatos feitos pro amigos de irmão Cordeiro





Se é de can caiani
Se é de bu bucheça
No Samba das tiririca
Pimenta Pipoca Pitanga e Pita

Vou ensinar a Letra
Vou ensinar a Letra
Vou perguntar a Letra
Vou perguntar a Letra

Valdir Vinagre da Torotama – RS



Sou pequeno de tamanho
E grande de sentimentos
Aceita meus senhores
Os meus cumprimentos

Quando eu era pequenino
Não sabia faze nada
Só ia na cozinha
Roubar marmelada

Batatinha quando nasce
Põe a rama pelo chão
O nenê quando dorme
Põe a mão no coração

São João trolo-ló tão tão
Quando toca gaita bate nela
Todos anjos aqui na terra
Tocam gaita trala-lá gaita raita ta raita ta

Saracura do banhado
Pica pau do Mato grosso
As meninas do meu bairro
Tem catinga no pescoço

Nana nenê
Nenê não quer durmir
Papai foi na roça
Mamãe logo vem

Ciranda cirandinha
Vamos todos cirandar
O anel que tu me deste
Era vidro e se quebrou
O amor que tu me tinhas
Era pouco e se acabou

Um velha muito velha
Fez xixi na canequinha
Foi contar para sua vizinha
Que era caldo de galinha

Foi o bico do latão
Arafunga Judeu Arafunga Judeu

Nabuco foi no mato
Caçar com a funda
Encontrou um macaco
Com o dedo na bunda

Macaco está no mato
Está com medo de sair
Mete espora na taquara
Vai bater em Taquari


Meio
dia
Panela no fogo
Barriga vazia
Macaco torrado que vem da Bahia
Fazendo micagem para Dona Maria

Eu tenho um chapéu
Que custou 1500
Quando boto na cabeça
Só me falta o casamento

Côco pelado
Caiu no melado
Quebrou uma perna
E ficou aleijado

Une dune te
Salamim mingue
Sorvete colore
O escolhido foi você

Passa passa passará
Quem de trás ficará
A porteira está aberta
Para quem quiser passar



Ropolfo Valentino
Morreu de dor de dente
Comendo rapadura
Sentado na patente

No baile do Sarapico
É um baile muito engraçado
Dança pobre e dança rico
Dança patrão dança empregado

São João da calça branca
Quantos pães têm no forno
25 pães e um queimado
Quem foi que queimou?

Meu chapéu tem três pontas
Três pontas tem o meu chapéu
Se não tiver 3 pontas
Não é o meu chapéu

Levanta Maria que é dia
8 horas o sol já raiou
Passarinho já fez o seu ninho
Na varanda do meu bangalô



Meu cavalo zaino
Ele correu 15 carreiras
Todas 15 ele ganhou
Oi que cavalo bom

Meu boi barroso
Meu boi pitanga
O teu lugar
É lá na canga

Fui no mato cortar lenha
Cortei o dedo do pé
Amarrei com fita verde
Cabelinho de Zezé

Lá de traz naquele morro
Tem um pé de bananeira
Meu pai morreu de fome
E minha mãe de caganeira

Adeus terra fumenta
Nunca mais verei tu
Criei ferrugem nos dentes
E teia de aranha na cabeça

Havia uma barata
Na careca do vovô
Assim que ela me viu
Bateu assas e voou

Era uma casa muito engraçada
Não tinha teto não tinha nada
Ninguém podia entrar nela não
Por que a casa não tinha chão

Ciranda cirandinha
Vamos todos cirandar
Vamos dar a meia volta
Volta e meia vamos dar
O anel que tu me deste
Era vidro e se quebrou
O amor que tu me tinha
Era pouco e se acabou


Atirei o pau no gato toto
Mas o gato to não morreu reu reu
Dona chica ca admimou-se se
Do berro do berro que o gato deu miau.

Meu amigo Joaquim Bento
Você canta e não entoa
Se o cantador tome atento
De você eu ganho a toa

A carrocinha pegou
3 cachorro de uma vez
Trá lá lá que gente é essa
Trá lá lá que gente há

A camélia que caiu do galho
Ficou tão triste e depois morreu
Vem jardineira, vem meu amor
Não fiques triste
Por que este mundo é todo teu
Tu é muito mais bonita
Que a camélia que morreu

Cravo de Jô jogaram cachambá
Tira botas e deixa o Zé Pereira entrar
Guerreiros com guerreiros
Fazem zigue zigue zá

Um dois feijão com arroz
Três quatro feijão no prato
Cinco seis batata inglês
Sete oito pão e biscoito
Nove e dez levante os pés

Rozeira braça
Cheia de flor
Botão de rosa
Do meu amor

Torce retorce
Procuro mas não vejo
Não sei se era pulga
Ou se era percevejo

Rosa Maria
De noite e de dia
O galo cantava
E a casa caía

Moça bonita
Vestida de chita
Saia rasgada
Calça remendada
Terezinha de Jesus
Foi a queda foi ao chão
Acodia 3 cavaleiros
Todos os 3 com chapéu na mão
O primeiro foi seu pai
O segundo seu irmão
O 3º foi aquele que a Tereza deu a mão

Meu amor Meu amorzinho
Meu amor meu amorzão
Você é meu tijolinho
Na minha construção.


Quando era pequeno
Minha mãe de dava leite
Agora que sou grande
Ela me da porrete

Quem quer saber meu nome
Da uma volta no galpão
Meu nome esta escrito
Na ponta do meu facão

Quem quer saber meu nome
Da uma volta no chiqueiro
Meu nome esta escrito
Na orelha do terneiro

Que quer saber meu nome
Da uma volta no jardim
O meu nome esta escrito
Numa folha de jasmim

Lá em baixo de minha cama
Tem um ninho de ratão
Quem não sabe contar
Força não ser meta no salão

Ba-ba-lu Ba-ba-lu da califórnia
califórnia do Brasil
Es-ta-dos Unidos
Balança seu vestido
Pra frente pra traz
Um dois três

Meia feita
Meia há de se fazer
Diga lá minha menina
Quantas meias há de ser

Lua nova trovejada
30 dias são molhadas

Tudo bem cantou a coruja
No baile do quero-quero
Se me dão café com leite
Café preto é que não quero


A cachaça é minha primas
O vinho meu primeiro irmão
Que toma muita cachaça
Caí estendido no chão


Alguém que mora no céu
Gosta de mim
Existe alguém
Eu sei que vai me guiar

Pra onde
Que eu tenho
Que andar

Pra onde
Que eu tenho
Que andar


Era uma vez
Um lugarzinho
No meio de nada
Uma mostrando pra outra
Que dava mais felicidade
Pra gente ser feliz
Tem quem cultivar
Novas fantasias
A nossa liberdade

Uma história de amor
De aventura de magia
Só tem haver
Quem já foi criança uma dia

Ave maria cheia de graça
Um copo de vinho
Na ponta da garrafa
Musiquinha....


Moça casada
morando na porta
É Parecida
com a cabrita n horta.
Fr Macedo

Eu sabia tanto verso
Que já estou de saco cheio
Os ratos me bateram
E deixaram pelo meio

La vecha cígola
ghe perso ei denti
Com su istrumenti
No sona piu

Lenço se ata no pescoço
Cavalo se ata no toco
Moça se prende com amor
A vida tem seu troco

Jovem que se enamora
Fica apaixonado
Não enxerga mais nada
A vida perde o gosto.



Ó Norma
Ò Norma
Eu quero teu teu amor
De qualquer forma

Ò mamãe
Ò mamâe
eu quero o teu amor
do teu jeito

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