Odílio Ferreira
Você partiu sem dizer adeus
Voltou para junto do pai
Voltou para a casa paterna
Sim voltou para junto de Deus
O relógio do tempo parou
Este não podia consertar
Parou no tempo imprevisto
Parou para descansar
Como era bom o tempo de criança
Quando vocês iam nos visitar
Com toda sua família na serra
Em Garibaldi foram nos procurar
Nas andanças pelo Rio Grande
A alma capixaba a perambular
Sempre a procura de amigos
Trabalhando pela saúde e paz
Sempre falava de meus avós
De minha família queria falar
E o bom café servia e devia tomar
Quando entrei no seminário
Na chácara fui visitar
La inventava-mos um pouco de tudo
Que nem percebia o tempo passar
Belém Novo ficou na história
Lá um dia fui trabalhar
Meu prazer era saber
O dia que Seu Odilio e Ilka fossem passar
Foi o lar de minha família
Quando
Era uma casa acolhedora
Sempre prontos a nos ajudar
Nunca perdi a ligação
Desta família e modelar
Sempre telefono na Capital
Para saber como estão e visitar
Sua morte pegou-nos de surpresa
No Dia da Festa do Corpo de Deus
Que o Cristo ressuscitado
O Leve na presença de Deus
Ficamos entristecidos pela ausência
Pela suas brincadeiras e bondade
Tanta criatividade era sua marca
Em sua casa era uma festividade
Seu Odílio você era amigo
Bondoso bom e brincalhão
Era a alegria de casa
Descanse em paz querido irmão
Todos os que o conheceram disseram
Que bondade que paixão
Vivia para sua família
Foi um homem foi um amigão
Sua história foi marcada
Por muitas lembranças e recordações
Muitas coisas bonitas e belas
Porém sempre queria voltar para o rincão
Partiu o amigão
Volte para junto de Deus Pai
Junto do Deus Filho
Do teu Espírito Santo. Que teu
Adeus seu Odilio
Adeus meu irmão
Adeus alma inquieta
Adeus, adeus, irmão
Bagé, 28-05-2005
Frei Paulo Zanatta
Chova água
Uma garoa
Cada pingo
Uma lagoa
Mulher do Morgado
História
Um fazendeiro tinha uma capataz e esse tinha uma mulher bonita. Ele estudou uma viajem para capataz a São Paulo. Ele disse que encontraria com um aleijado na rodoviária que anda de muleta e manca de uma perna. Quando o capataz chegou na rodoviária de são Paulo, encontrou o aleijado e leu a carta que tinha um cheque com o dinheiro. Isso fala alto pois tem razão.
Disse o aleijão que fazia de tudo para que o capataz retorna-se no mesmo dia com o primeiro vôo. Que iria compara a passagem para as 4h da tarde, mas ele acabou perdendo o avião. O aleijado mandou um bilhete dizendo.
Disse meu compadre lá de fora
Brasileiro ou Português
Quando quiser comer ela
Mande ele outra vez
A PRIMAVERA 2009
Frei Paulo Zanatta
A primavera diferente
A vegetação está sofrendo
Nada brota direito
E o mundo
O Ser
Bombas foguetes e irradiação
Quem sofre com tudo isso
São todos que menos tem condição
Assim é a vida no planeta
Mudou tanto não é mesma
Uma hora é inverno outra é verão
A vida esta morrendo
A cada lugar há um lixão
Coitados dos que sobreviverão
Poesias diversas
Maura Rodrigues Reveiro
Ana Nunes Leitão
No fundo do mar tem peixe
E na beira tem camarão
E nas ondas dos teus cabelos
Navega meu coração
O sapatinho me aperta
E as meias me dão calor
O menino da frente
Me tem loco de amor
Vem saindo sol
Redondo como uma espora
Me fizeram a cama curta
Que eu dormi com os pés de fora
Terezinha de Jesus
Abre a porta e vê quem é
É um homem pequenino
Que tem medo de mulher
Eu sabia tantos versos
Que eu tinha um saco cheio
Mas os ratos deram nele
E deixaram pelo meio
Não tenho ricos presentes
Nada te posso ofertar
Mas por isso do meu peito
Meu coração vai falar
Sempre ao lado dos seus filhos
Os paizinhos queridos
Desejo-lhe mil venturas
De tão longa vida
Com “a” escrevo amor
Com “p” escrevo paixão
Com “t” escrevo Tereza
Barroco do meu coração
Escrevi na areia fina
Com pena de pavão
Para dar saber ao povo
Que por ti tenho paixão
Quisera ser um lagrima
Para em teus olhos nascer
Correr pela tua face
Em teus lábios morrer
Quem quiser saber meu nome
Dá uma volta no quartel
O meu nome está escrito
No chapéu do Coronel
Eu estava na janela
Comendo rapadura
Passou meu namorado
Me chamou de cara dura
Eu estava no portão
Tomando chimarrão
Passou o namorado
Me chamou de coração
Quando veres a garça branca
nos ares assim voando
lembra-te que minhas saudades
que vão te acompanhando
Atirei um limão verde
De cima da sacristia
Deu no cravo deu na rosa
Deu no moço que eu queria
No tempo que te amava
Mais gostastes que eu andasse no mar
Tapado de palha seca
Chupado pelos carrapatos
No tempo em que eu te amava
Eu pulava cera de espinho
Agora pago dinheiro
Para não ver teu fusinho
Eu sabia tanto verso
Que tinha um saco cheio
Os fatos me bateram
Me deixaram pelo meio
Escrevi na areia fina
Com pena de pavão
Para dar saber ao povo
Que por ti tenho paixão
Gosto da rosa branca
Nas não desprezo açucena
Não sei que tem meus olhos
Que gosto da cor morena
Gosto da letra l
Por ela suspiro e choro
Por que com ela escrevo
Lauro que mais adoro
Se eu pudesse e bem quisesse
Fazer o dia maior
Dava um nó na fita verde
Fazia parar o sol
Eu estava na janela
Comendo rapadura
Passou meu namorado
Me chamou de cara dura
Eu estava na janela
Tomando um copo d’água
Passou meu namorado
Me chamou de caixa d’água
Pirulito que bate bate
Pirulito que já bateu
A menina que eu amava
Coitadinha já morreu
Eu sábia tanto verso
Que tinha um saco cheio
Os ratos me bateram
Me deixaram pelo meio
Dia Mundial da Juventude
Juventude é sol nascente
Ditosa aurora da vida,
É mar revolta, corrente,
Longínquo cais de partida
Juventude é esperança
Chama sedenta de amor
Música, passo de dança
É raiz, néctar e flor.
Juventude é rara graça
Que deus deu á Natureza
Vive-a bem, que quando passa
Deixa saudade e tristeza
Seguindo Maria
Frei Paulo Zanatta
Lá vou eu, nos caminhos de Maria
Lá vou eu, vou com Deus no coração
Lá vou eu, vou irmão, vou companheiro
Se preciso romeiro, pisar firme nesse chão
Vou, eu vou seguindo Maria
Dentro do meu peito, luz do caminhar
Vou, eu vou, levando alegria,
Plantando a fé, em todo lugar.
Lá vou eu, vou traçar a minha sorte
Pois destino é coisa que a gente faz
Lá vou eu, não me rendo a força bruta
Sou duro de queda e luta
Sofro porém durmo
Irmão Cordeiro
Sinto que morro lentamente à fome
Meu corpo treme, sou uma chaga e dor,
Sangram-me as mãos e os pés, sinto o torpor
Sinto a agonia que me rói e consome
A noite é longa e cruelmente insone
Gemem fantasmas entre as trevas Horror...
Correm insetos em meu corpo e o ardor
Gera um inferno sem igual, sem nome
Tornei-me um verme da crueldade humana
Meu corpo nu, marcado de violência
Coteja o sangue de uma vingança insana
Não peço aos homens nem perdão, nem clemência
Ao Deus que tudo vê e nada engana
Proclamo a minha fé é inocência
Certo dia dirigentes da Frelino de visita ao campo de concentração viram a avioneta que haviam estacionado levantar vôo e desaparecer. Nela ia Irmão Cordeiro à caminho da Rodésia e da Liberdade...
Relatos feitos pro amigos de irmão Cordeiro
Se é de can caiani
Se é de bu bucheça
No Samba das tiririca
Pimenta Pipoca Pitanga e Pita
Vou ensinar a Letra
Vou ensinar a Letra
Vou perguntar a Letra
Vou perguntar a Letra
Valdir Vinagre da Torotama – RS
Sou pequeno de tamanho
E grande de sentimentos
Aceita meus senhores
Os meus cumprimentos
Quando eu era pequenino
Não sabia faze nada
Só ia na cozinha
Roubar marmelada
Batatinha quando nasce
Põe a rama pelo chão
O nenê quando dorme
Põe a mão no coração
São João trolo-ló tão tão
Quando toca gaita bate nela
Todos anjos aqui na terra
Tocam gaita trala-lá gaita raita ta raita ta
Saracura do banhado
Pica pau do Mato grosso
As meninas do meu bairro
Tem catinga no pescoço
Nana nenê
Nenê não quer durmir
Papai foi na roça
Mamãe logo vem
Ciranda cirandinha
Vamos todos cirandar
O anel que tu me deste
Era vidro e se quebrou
O amor que tu me tinhas
Era pouco e se acabou
Um velha muito velha
Fez xixi na canequinha
Foi contar para sua vizinha
Que era caldo de galinha
Foi o bico do latão
Arafunga Judeu Arafunga Judeu
Nabuco foi no mato
Caçar com a funda
Encontrou um macaco
Com o dedo na bunda
Macaco está no mato
Está com medo de sair
Mete espora na taquara
Vai bater
Meio
Panela no fogo
Barriga vazia
Macaco torrado que vem da Bahia
Fazendo micagem para Dona Maria
Eu tenho um chapéu
Que custou 1500
Quando boto na cabeça
Só me falta o casamento
Côco pelado
Caiu no melado
Quebrou uma perna
E ficou aleijado
Une dune te
Salamim mingue
Sorvete colore
O escolhido foi você
Passa passa passará
Quem de trás ficará
A porteira está aberta
Para quem quiser passar
Ropolfo Valentino
Morreu de dor de dente
Comendo rapadura
Sentado na patente
No baile do Sarapico
É um baile muito engraçado
Dança pobre e dança rico
Dança patrão dança empregado
São João da calça branca
Quantos pães têm no forno
25 pães e um queimado
Quem foi que queimou?
Meu chapéu tem três pontas
Três pontas tem o meu chapéu
Se não tiver 3 pontas
Não é o meu chapéu
Levanta Maria que é dia
8 horas o sol já raiou
Passarinho já fez o seu ninho
Na varanda do meu bangalô
Meu cavalo zaino
Ele correu 15 carreiras
Todas 15 ele ganhou
Oi que cavalo bom
Meu boi barroso
Meu boi pitanga
O teu lugar
É lá na canga
Fui no mato cortar lenha
Cortei o dedo do pé
Amarrei com fita verde
Cabelinho de Zezé
Lá de traz naquele morro
Tem um pé de bananeira
Meu pai morreu de fome
E minha mãe de caganeira
Adeus terra fumenta
Nunca mais verei tu
Criei ferrugem nos dentes
E teia de aranha na cabeça
Havia uma barata
Na careca do vovô
Assim que ela me viu
Bateu assas e voou
Era uma casa muito engraçada
Não tinha teto não tinha nada
Ninguém podia entrar nela não
Por que a casa não tinha chão
Ciranda cirandinha
Vamos todos cirandar
Vamos dar a meia volta
Volta e meia vamos dar
O anel que tu me deste
Era vidro e se quebrou
O amor que tu me tinha
Era pouco e se acabou
Atirei o pau no gato toto
Mas o gato to não morreu reu reu
Dona chica ca admimou-se se
Do berro do berro que o gato deu miau.
Meu amigo Joaquim Bento
Você canta e não entoa
Se o cantador tome atento
De você eu ganho a toa
A carrocinha pegou
3 cachorro de uma vez
Trá lá lá que gente é essa
Trá lá lá que gente há
A camélia que caiu do galho
Ficou tão triste e depois morreu
Vem jardineira, vem meu amor
Não fiques triste
Por que este mundo é todo teu
Tu é muito mais bonita
Que a camélia que morreu
Cravo de Jô jogaram cachambá
Tira botas e deixa o Zé Pereira entrar
Guerreiros com guerreiros
Fazem zigue zigue zá
Um dois feijão com arroz
Três quatro feijão no prato
Cinco seis batata inglês
Sete oito pão e biscoito
Nove e dez levante os pés
Rozeira braça
Cheia de flor
Botão de rosa
Do meu amor
Torce retorce
Procuro mas não vejo
Não sei se era pulga
Ou se era percevejo
Rosa Maria
De noite e de dia
O galo cantava
E a casa caía
Moça bonita
Vestida de chita
Saia rasgada
Calça remendada
Terezinha de Jesus
Foi a queda foi ao chão
Acodia 3 cavaleiros
Todos os 3 com chapéu na mão
O primeiro foi seu pai
O segundo seu irmão
O 3º foi aquele que a Tereza deu a mão
Meu amor Meu amorzinho
Meu amor meu amorzão
Você é meu tijolinho
Na minha construção.
Quando era pequeno
Minha mãe de dava leite
Agora que sou grande
Ela me da porrete
Quem quer saber meu nome
Da uma volta no galpão
Meu nome esta escrito
Na ponta do meu facão
Quem quer saber meu nome
Da uma volta no chiqueiro
Meu nome esta escrito
Na orelha do terneiro
Que quer saber meu nome
Da uma volta no jardim
O meu nome esta escrito
Numa folha de jasmim
Lá em baixo de minha cama
Tem um ninho de ratão
Quem não sabe contar
Força não ser meta no salão
Ba-ba-lu Ba-ba-lu da califórnia
califórnia do Brasil
Es-ta-dos Unidos
Balança seu vestido
Pra frente pra traz
Um dois três
Meia feita
Meia há de se fazer
Diga lá minha menina
Quantas meias há de ser
Lua nova trovejada
30 dias são molhadas
Tudo bem cantou a coruja
No baile do quero-quero
Se me dão café com leite
Café preto é que não quero
A cachaça é minha primas
O vinho meu primeiro irmão
Que toma muita cachaça
Caí estendido no chão
Alguém que mora no céu
Gosta de mim
Existe alguém
Eu sei que vai me guiar
Pra onde
Que eu tenho
Que andar
Pra onde
Que eu tenho
Que andar
Era uma vez
Um lugarzinho
No meio de nada
Uma mostrando pra outra
Que dava mais felicidade
Pra gente ser feliz
Tem quem cultivar
Novas fantasias
A nossa liberdade
Uma história de amor
De aventura de magia
Só tem haver
Quem já foi criança uma dia
Ave maria cheia de graça
Um copo de vinho
Na ponta da garrafa
Musiquinha....
Moça casada
morando na porta
É Parecida
com a cabrita n horta.
Fr Macedo
Eu sabia tanto verso
Que já estou de saco cheio
Os ratos me bateram
E deixaram pelo meio
La vecha cígola
ghe perso ei denti
Com su istrumenti
No sona piu
Lenço se ata no pescoço
Cavalo se ata no toco
Moça se prende com amor
A vida tem seu troco
Jovem que se enamora
Fica apaixonado
Não enxerga mais nada
A vida perde o gosto.
Ó Norma
Ò Norma
Eu quero teu teu amor
De qualquer forma
Ò mamãe
Ò mamâe
eu quero o teu amor
do teu jeito
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