O grande motorista
Numa estrada muito sinuosa do
interior de São José do Herval, cheia de curvas e muito íngreme, aconteceu um
encontro de 2 irmãos dirigindo diferente veículos. Um descendo uma ladeira com
um ônibus lotado de passageiros. O outro subindo com uma carreta carregada de
bois. Eis que se encontraram numa curva muito acentuada e um não podia
ultrapassar o outro, e não tinha com
voltar de ré, pois a ladeira era muito íngreme. A única solução foi soltar a
carreta de ré pelas curvas, por mais de 1 km, parecendo uma verdadeira cobra
serpenteando aquelas encostas de morro a toda em grande velocidade
retorcendo-se toda naquelas íngremes descuidadas, chegando ao pé do morro são e
salvos.
Mandioca
No fundo do Rio Forqueta morava a
família do João Meira que tinha um mandiocal. Um belo dia uma porca de sua
propriedade desapareceu. O dono da casa saiu a procura, mas não encontrou. O João
deu-se conta quando viu um pé de mandioca comido, e começou procurar por esse
trilho, seguindo o rastro viu que os porcos atravessaram o rio forqueta comendo
e fazendo festa com a mandioca do outro
lado do rio. Os porcos fizeram um túnel passando por baixo do rio passando
pra o outro lado. Imagine o tamanho
desse pé de mandioca, quantos caminhões necessitava para transportar a carga
desse pé de mandioca. Quanto tempo precisaram para comer e furar o grande
túnel. Histórias do nosso lugar. Quantos porcos daria para engordar na base
desse mandiocal.
O CTG
O Tonho falou que numa época de
setembro dos ctg e da grande semana farroupilha vivia somente nos ctgs. Sua
alimentação era carne e churrasco, já não aguentava mais era churrasco de
manhã, a meio dia à tarde e também de noite durante muito tempo. Então ele
disse para uns amigos mais achegados é seguinte: Pos oia homem eu já estou
defecando salame.
A pescaria
Francisco Júlio da Silva
O Francisco estava pescando no
Rio Forqueta, depois do meio dia. Lá pelas 3 horas da tarde, saíu uma mulher do
mato chorando. O Francisco não deu muita importância e continuou pescando. Ela
continuou chorando a tarde inteira há uns 20 metros, porém o Francisco não via
nada, apenas ouvia o seu choro. O
Francisco fez uma grande pescaria e encheu um balaio de peixes. Terminada a pescaria foi para casa e a mulher
acompanhou até bem perto da sua casa. Então resolveu falar para algumas pessoas
esse fato, e o local onde a mulher havia saído. Alguns dias depois voltou lá e
encontro 3 buracos cavados em forma de triangulo, certamente alguma coisa
encontram, ou pedra ôca ou alguma e talvez algum tesouro, mas o Francisco nunca
ficou sabendo de nada.
O
Mandiocal
O tilo meu irmão, pois ele fez um
mandiocal, plantou um quadro de
mandioca. Pois aquela mandioca, acredite ninguém acredita. Pois, o tilo meu
irmão, pois ia lá com o cargueiro, pois tinha que picar as raízes para um
balaio. Enchei um cargueiro com 1 pé de mandioca. Pois o quando de mandioca era um cantinho. Só com uma
pé mandioca dava engordar uma Chiqueirada de porcos. Poso oia home, para terem
uma idéia uma raiz da mandioca era uma grossura do cano do fogão.
O motorista
Pois eu trabalhava para o Berto
Zanotelli, para puxar gado. O tilo meu irmão trabalhava também para o Berto
Zanotelli. Um tarde nos estava lidando com gado em São João da Jacutinga.
Carregamos uma carreta de gado e vindo para São José, encontramos um ônibus dos
alunos e a estrada não dava encontro. Pois aí subindo o cerro com uma carreta
carregada de gado e o ônibus descia, o ônibus não consegui voltar, pois o cerro
era muito forte. Então eu disse para o tilo, me dá o volante dessa carreta, que
eu vou dar ré até lá embaixo da sanga, pois, lá é o único lugar que dá
encontro. Pois pequei o volante da carreta, caminhão só nos espelhos desci
ladeira abaixo, parecendo uma cobra retorcendo cerro abaixo naquele laderão em
torno de 1km, pois levei a carreta caminhão carregada de gado, sem único
arranhão até a sanga. E o ônibus passou livrinho sem nenhum aranhão , pelo
caminhão e assim continuamos a nossa empreita de entregar o gado para o seu
destino.
O galo
Vindo da roça, embarcado na
carroça tonho se encontrou com outro tonho e o miquinho, passando a conversar.
Passando por uma estrada entre um carro e outro. Passaram a falar de galinha.
Tonho então conta que na casa dele tinha um grande criação de galinha gigante,
como ele estava de pé dentro da carroça, estendeu um braço do lado de fora da
carroça e este braço daria no chão em torno de 2 metros e ao mesmo tempo ele
era um homem alto. Voltando a criação de galinha ele conta que o galo era esse
tamanho, ou seja: ele em pé encima da carroça e com braço estendido horizontalmente para
fora, mostrando para o outro tonho e o miquinho o tamanho desse
galo. Pos oi home esse galo devia ter uns dois metros de altura.
O Salame
Tonho participava muito de
rodeios.pois era bom de laço, todos os tiros de laço. Dificilmente não fazia a
armada. Participava de um rodeio ele e o irmão tilo agrupado com o alberto
zanotelli, pois naquele rodeio a abundancia
de carne. Pois oia homem nem dava para acreditar. Era carne de manhã, churrasco
ao meio dia e churrasco a noite, pois passamos uma semana comendo carne. Pois
oia homen eu nunca vi tanta abundancia de carne. Poi nós não comia outra coisa,
só carne. Pois saímos desse rodeio e para encurtar, passamos 3 dias cagando
salame.
O micro ônibus
O tilo meu irmão estava com a
esposa muito doente, em estado terminal. Uma amiga queria visita-la, pediu ao
tilo se podia fazer essa visita. Ele respondeu que não, pois ela estava muito
mal. Falou o tilo que uma amiga que também queria visita-la e também disse que
não. Para encurtar o assunto contou que um dia antes tinha chegado de soledade
um micro-onibus com 82 pessoas para visita-la, ele não deixou porque era muita
gente. Assim as pessoas deram volta para casa sem alcançar o seu objetivo. Pos
oia homem era gente demais, para visitar a doente em estado terminal.
O Peixe foi a mituia do 5º de
nova Brescia de 2015 (ovilde)
Um senhora gostava muito de
pescar, e de comer peixe com polenta. Uma tarde muito quente ela foi pescar,
pois estava com vontade de comer peixe. Colocou as iscas no anzol e lançou o
anzol para dentro do rio, não demorou muito e a linha esticou, pensava que ia
quebrar a linha, pois, o peixe parecia ser muito grande. Viu que o peixe ficou
trancado entre duas pedra, ela não teve duvida, chamou uma carregadeira para
afastar as pedras e assim pode puxar o peixe para fora d’agua. Quando conseguiu tirar o peixe da água, só o
rabo desse peixe pesava 50 kg. Então imagine o tamanho desse peixe.
O Mandiocal
O tilo meu irmão falou para o
senhor Ovilde o que havia mandiocal
perto do rio Forqueta. A raiz da mandioca passou por baixo da agua e foi para o
outro lado do rio. Os porcos de um lado
do rio passava para o outro lado, passando
dentro da raiz que formava um tunem e assim atravessavam o rio e vinha
atacar o mandiocal, e aos poucos o mandiocal ia desaparecendo, e ninguém sabia
o que estava acontecendo. Um belo dia o tilo e tonho foram tomar providencias e
descobriram o assunto: que a porcada estava engordando e passando bem.
Pela raiz de mandioca os porcos passavam de um lado para o outro, na maior
tranquilidade, pelo túnel da raiz da mandioca.
O tacho
Pois meu irmão o tilo conversando
com o tonho, resolveu construir um tacho para matar esse porcos criados no
mandiocal, do outro lado do rio. Resolveu contratar diversos ferreiros para uma
grande obra, pois os porcos eram muito grande. Contratou ferreiros que fariam
os tachos de cobre, e assim em pouco tempo poderia abater os porcos fujão.
Mandou vir algumas carretas de cobre, e
assim iniciram a obra. Tudo ia muito
bem, até que la pelas tantas o tacho ia tomando formato. O Tonho
resolveu perguntar como estava o tabalho. O tonho resolveu responder e para
encurtar o assunto. Pois oia homen, nem te conto, o trabalho é árduo, e não se
perde tempo. O Tacho é tão grande que quando um artesão bate de um lado, não se
escuta no outro lado.
O tesouro
O joão mudou-se para a localidade de São João da
Jacutinga há pouco tempo. Mas ele já foi morador desse lugar há muito anos
atrás. Todas as noites joão vinha a sonhar com um índio. No sonho o índio
mostrava para ele uma árvore, na raiz da mesma árvore, tinha uma lajé e embaixo
desse lajé, um tesouro. O joão foi até o lugar sonhado e encontro a árvore, no
fundo da terra perto de um rio. João ergueu
a lagé e embaixo dessa lagé tinha uma ossada, João não mexeu e foi
embora, e nunca mais voltou lá, e também procurou nunca mais falar sobre o
assunto. A árvore continua lá, mas não sabe se ainda o tesouro continua lá
embaixo da árvore e debaixo da ossada. Certamente segundo essas histórias eles
pedem um bem sentimental isto é uma pessoa. João ficou com medo e decidiu não
perder ninguém e deixar que o tesouro continue enterrado embaixo daquela
árvore.
A vaca
O tilo contou a história para seu
Ovilde de uma vaca muito boa de leite, que era algo impressionante. Ao ordenhar
essa vaca precisava muito cuidado. Se o leite fosse tirado de um lado só, essa
vaca ela pendia e caia, assim precisava
ser escorada para não cair, o peso era
tão grande que ela tombar. Então todo cuidado era pouco para tirar o leite um
pouco de cada lado para não acontecer este imprevisto. Assim evitar ajuda do guindaste conseguisse coloca-la
novamente essa vaca em pé.
O edifício
O tonho estava trabalhando na
pedreira e estava todo suado, reclamava e xingava. Então o tilo nas suas
andanças a cavalo disse para o tonho não
se estressar, pois para o ano seguinte iria construir um edifício todo de
pedra, no centro de São José do Herval, mas que fazia sombra uma rica sobra.
Para encurtar o assunto ele iria
trabalhar na sombra desse edifício.
O tesouro
O joão mudou-se para a localidade de São João da
Jacutinga há pouco tempo. Mas ele já foi morador desse lugar há muito anos
atrás. Todas as noites joão vinha a sonhar com um índio. No sonho o índio
mostrava para ele uma árvore, na raiz da mesma árvore, tinha uma lajé e embaixo
desse lajé, um tesouro. O joão foi até o lugar sonhado e encontro a árvore, no
fundo da terra perto de um rio. João ergueu
a lagé e embaixo dessa lagé tinha uma ossada, João não mexeu e foi
embora, e nunca mais voltou lá, e também procurou nunca mais falar sobre o
assunto. A árvore continua lá, mas não sabe se ainda o tesouro continua lá
embaixo da árvore e debaixo da ossada. Certamente segundo essas histórias eles
pedem um bem sentimental isto é uma pessoa. João ficou com medo e decidiu não
perder ninguém e deixar que o tesouro continue enterrado embaixo daquela
árvore.
O jogo de bocha
No morro do sapato no tempo dos
índios há um jogo de bocha de ouro enterrado escondido nesse lugar. Os índios não
davam muita importância e enterravam o ouro para escondê-lo das pessoas. Não sei se é lenda mas há muito comentário
sobre esse assunto.
O galo
Vindo da roça, embarcado numa
carroça, tonho se encontrou com o outro tonho e o marquinhos, passando a
conversar. Parados na estrada entre um carro e outro, tonho começa a falar de
galinha. Tonho então conta que na casa dele tinha uma grande criação de galinha
gigante, como ele estava de pé encima da carroça. Estendeu a mão para o lado de
fora da carroça e este braço saía do chão em torno de 2 metros, e ao mesmo
tempo era homem alto. Voltando a criação de galinha ele conta que o galo era
desse tamanho, ou seja do braço era desse tamanho, de cima da carroça até o
chão. O galo devia ter uns dois metros
de altura.
A abelheira
O tilo contou para o seu ovilde:
disse que estava com a carroça cheia de favos e mel tirados de uma toca, e
ainda sobrou mais ou menos o dobro do que tinha tirado. Imagine você o tamanho
dessa abelheira, e quanto mel ainda deveria ter.
O Antonio Luis Cemin lembra que
quando era adolescente e jovem hoje com 51 anos de idade contou que no seu
tempo começou a trabalhar bem cedo conduzindo tropas de burros. Fazia fretes
nas roças e carregava feijão, milho e todos os produtos agrícolas. Tinha uma
tropas de burros bem grande, todos eles com suas cangalhas, rabichos, cabestro,
sacos , de carregar em fim todo o material necessário para o transporte de
cargas. Os burros não eram ferrados e não tinham ferradura. Os donos desses
burros eram: João Pinto, Decio ngnotto, Jeronimo Cegolin, Fioravante Sartori.
Havia uma encerra para guardar todos os burros, pois era o transporte da época.
Disse que no rio Duduia e em outros rios da região, e no tempo de enchente
passou muito trabalho, pois, a correnteza era muito grande, disse que soltava o
burro e também deixava a rédea solta e assim o burro com maior tranquilade
atravessava o rio, apenas se afirma e o burro ia tranquilo, pois, ela nadava, falou
que é muito diferente dos cavalos. Na
época não tinha ponte e o transporte era feito tudo na costas dos burros, e
também vencer as distancias era feita à cavalo e ou a pé. A sacaria era tocada
de troca de tempos, ficava muito desgasta e perdia os produtos, então se dizia
da roupa nova e tudo branca. Quando a tropa era muito grande caminhando por
esses morros muitas vezes ficava “repejando” isto é, na frente da para se
enxergava o fim da tropa dando voltas nos morros. Todo cuidado era pouco para
não perder nenhum burro pelos caminhos. Tinha burro muito aporreado no dizer do
Antônio que não queria caminhar, lembra que certa vez um burro derrubou 4
adolescentes numa encosta de morro, mas lembra muitas coisas bonitas desse
tempo , que não volta mais.
As tropas de burros do Galvão e
Navegantes
Histórias lembradas pelos
moradores do rio Galvão, Claudir Eugênio e Ari de Brum lembram com saudades
aqueles tempos das tropas de burros, que os donos de Armazéns: Casimiro
Macagnan, Décio nhoatto, Guilherme Trombini, Fioravante Pavi, Antônio Finatto e
os irmãos Tomás Portella e José Portella, faziam o comércio dos produtos
agrícolas e com tropas de Mulas. O
Sebastião de Brum tropeava para o Antônio Finatto. O Carmelindo Eugenio pai do
Claudir tropeava para o Balduino Bagatini. As tropas de burros eram de mais ou
menos 25 burros naquela região. Com os burros os Comerciantes buscavam a
produção nas lavouras acidentadas e montanhosas dessa região, e transportavam
para o comercio e para os armazéns da cidade de Lajeado e Santa Cruz do Sul. A
viagem para Lajeado e Santa Cruz demorava de 4 a 5 dias. Traziam de lá
mercadorias, que na troca a troca por feijão, milho, trigo e etc. em troca
traziam açúcar, café, sal, fazendas etc e tudo o que as pessoas necessitavam.
Levavam muita coisa para lajeado, no porto. Eram embarcado no vapor tocado a
fogo, esta mercadoria ia para Porto Alegre. O primeiro paradouro era em
tamanduá, onde pernoitavam. No dia seguinte muito cedo preparavam tudo para
chegar na praça em lajeado. Na frente da sempre ia o madrinheiro, e atrás por
último era o tropeiro. Cada lote de burro sempre o madrinheiro para orientar o
caminho, tropeio atrás para verificar se rasgava algum saco e ver se algum
burro não se desviava do caminho.
Os burros sempre eram amarrados
um no outro, nas cangalhas. No Galvão tinha dois ternos de burros, do Balduino
Bagatini, que quando ia para Santa Cruz, dirigia-se com os dois conjuntos de
burros, para levar mais carga. O burro da frente levava o cincero, que era um
tipo de camapainha, isto se ouvia de longe, quando se aproximava das casa para
buscar os produtos e facilitava de madrugada para prender os demais animais
para coloca-los nas cangalhas, e facilitava para prender os demais.
Principalmente que era uma invernada grande assim ajudava a localizar os
demais. Disse o Eugênio que o burro de pernas listradas era muito difícil de
domar e ficava muitas vezes caborteiro por natureza. No no Rio Fão havia a
barca, e o burro não conseguia entrar de frente, tinha que se empurrado de
frente para traz para embarcar, isto é coloca-lo de bunda. Esse transporte
durou uns 40 anos de 1930 mais ou menos até 1970, quando começo os caminhões e
abriram as estradas. Hoje ainda faz falta esse tipo de transporte aqui nessa
região, pois, as estradas são muitos dobradas e não há condução que chegue nas
lavouras.
A sacaria era branca, mas com o
passar tempo ela escurecia. Cada burro carregava 120 kg, num saco grande, onde
era divido ao meio 60kg de um lado direito
e 60 do outro lado esquerdo. Muitas vezes também os pais mandavam os
filhos para o moinho a cavalo, e quando o saco caia era um martírio para
criança colocar de volta o saco, ou pedir ajuda para alguém quando encontra
pelo caminho. A sacaria era sempre por conta do dono do armazém. Também nessa
época era muito comum encontrar pelas estradas tropas de gado, mas sempre nesses
casos ia alguém a cavalo para avisar que era gado xucro e perigoso, esse gado
era levado para o frigorifico de lajeado, e muitas vezes também era
comercializado nas estradas.
Tropas de Burros de Burro Morto –
Hoje são José do Herval –RS Nilo Parise
Os donos de tropas de burros em
Burro morto eram: Zem e Companhia e Parise e Zem e a casa de Comercio era Zen e
Parise. Possuiam a tropas de burros para abastecer o armazém e buscavam os
produtos no interior, com umas 12 a 15 mulas e burros. O Troperio era o Honório
Pessetto e Santo Pessetto. Carregavam 2 sacos de 60 kg no lombo dos burros e
estes tinham que tropear para chegar no lugar. Na época os burros iam até o rio
Fão carregando os produtos porque não tinha estrada. Também carregavam madeira
que era serrada aqui na serra, e amontuavam lá no rio, formando verdadeiras
balsas e esperavam o rio subir para que as águas levasse essa grande quantidade
por rio até Porto Alegre. Também amarravam as torras bem amarradas para que
fossem levadas da mesma forma até a capital para serem serradas lá. Levavam um
tipo de produção ensacada e de lá traziam produtos que aqui não tinha, farinha,
açúcar, tecido, linhas. Isto aconteceu por muito tempo nos anos vinte até por
volta do ano 50. As tropas traziam os mantimentos que abastecia também os
armazéns. Nilo Parise comprou um caminhão F 6, foi o primeiro motorista de
Burro Morto (hoje são José do Herval), e começou a levar a produção até Lajeado
onde demorava de 6 a 8 horas de viagem, disse que saía de madrugada e voltava
por volta de meia-noite. O comercio de Burro Morto era muito forte, e os donos
de armazéns eram: José Batista Zen, Zanotelli, Dartora e Pretto, que
movimentavam o povoado de Burro Morto. Tinha semanas que puxavam as torras e
depois as carroças levavam a madeiras
até o rio Fão, e de lá quando vinha a
enchente, faziam as balsas e estas levavam a madeira serrada até Porto Alegre. As
serrarias eram movimentadas com água e a vapor. Os sacos eram de Algodão Branco
de 60kg. Os burros faziam os buracos no
chão, de tanto transitar no mesmo local. O Preto quando percebeu que a
sociedade estava mudando entrando os caminhos Ele foi para soledade, o Batista
zen foi para lajeado e por lá colocou mercado e casa de comercio.
Tropas de Mulas em Burro Morto
(hoje São José do Heval –RS) José Gheno
Os donos de topas de mulas era
Francisco Zanotelli, José Pretto, Batista Zen que era cunhado de Nilo Parise e
Abel Dartora, possuíam tropas de mulas para buscar os produtos para os armazém
de Burro morto. As tropas mulas iam até
São João da Jacutinga, São Sebastião, Colônia Nova, Picada zifa. Chapecó.
Antigamente só o Zanotelli colhia 15 mil saco de feijão num ano. Milho num ano
mais 50 mil sacos era a produção quando Burro morto tinha muita produção e
muita gente morando aqui. O Francisco Nicola Gheno num ano colheu mais de
500 saco de milho e engordou mais de 50
porcos. Geraldo Bondam trabalhava para o Zanotelli cuidando as tropas de burros
e cada animal carregava 2 sacos de 60kg
ou um saco grande 120kg dividido em 2 parecido
com mala de garupa. Atrás da tropa às vezes ia o tropeiro atrás
para cuida se algum burro se perdia, ou se rasgava algum saco etc...Saco
de algodão daquele grosso, comprido dividido pela metade. Aqui éra chamado de
burro morto , porque caiu uma árvore no
meio do caminho e o tropeiro forçou o burro mais fraco e o animal quebrou o
pescoço. Aqui tinha 4 casas de comercio, alfaiate, 2 ferreiro, moinho de
comercio, fabrica de bota. Os burros eram amarrados um no outro nas
cangalhas. Os burros eram só de carga, e
não de montaria. As cargas eram levadas para lajeado, levavam banha, charque,
milho e feijão etc... Traziam café, sal, açúcar, farinha, tecidos etc. Saiam de madrugada, primeiro pernoite era em
Pouso Novo e outro em Marques de Souza, e
até chegar em lajeado. José Gheno nasceu em 1928, e o transporte de
burro já existia naquela época e terminou por volta do ano 1970, quando entrou
os primeiros caminhões nesta localidade. Disse que ainda é importante esse
transporte no lombo de burros nos locais do interior para buscar as mercadorias
nas roças, para lavar até as casas dos agricultores. Nestes locais não é
possível ir carroças e conduções. Lembra ainda os tropeiros de gado que levavam
e traziam gado pelas estradas, sempre na frente ia um tropeiro para chamar
atenção do gado chucro. A Br, hoje chega a escoar toda a produção, muito
rapidamente. A emancipação foi boa mas quebrou com os comerciantes do lugar. Os
problemas políticos não desapareceram e hoje muita desunião.
Tropas de burros (Santo Pessetto)
Os proprietários Francisco Zanotelli,
Batista Zan, José Preto e Abel Dartora. Eles iam buscar os produtos nas roças
do interior, para comercializar nos seus armazéns. Ensacava lá na roça a
primeira vez e depois chegando em casa, trocavam de saco por menor de 60 kg. O
Leonelo de Oliveira era o tropeiro antes de Santo Pessetto, que levava a
produção para Lajeado ou para Vila Fão. Naquele tempo, uma viagem de burro até
Lajeado demorava 3 dias. A primeira parada era no Barro Preto, e a 2º parada
era na Vila Fão. Na Vila Fão tinha a barca, e os burros estavam todos
amarados para não perder a carga. Um burro carregava 120 kg e levava até o Vila
Fão ou até Lajeado. Estradas, não existia, e era feitas a picão. Cada
agricultor dava 12 dias de trabalho por ano para cuidar das estradas. O Santo Pesseto ia no moinho no
Lajeado feio, ele acha que quem cuidada do moinho de lá era gente do Zanotelli,
cuidavam deste engenho. Colocava 2 burrinho na barca por vez para atravessar o
rio e não afundar. Sempre levava um burro manso e outro xucro, pois este ia
atrás do burro manso. Em 1955 o Santo Pessetto lembra que eram fortes as casas
de comércio, naquela época. Levavam milho, feijão, trigo, cevada e outros e
traziam querosene, sal, açúcar, tecido, calçados, tamancos, ferramentas. Era
tempo mireis (dinheiro) 200 reis 500 etc, era o pouco de dinheiro que circulava
na época. Santo Pessetto lembra que quando ia a escola no São Brás os
trabalhadores, Vitório e João Rossi, puxavam madeira serrada para que na Vila
Fão. Tinha duas serrarias naquela época em Burro Morto, dos Rampanelli e outra
que não lembrou o nome. Aqui tinha só duas carroças de burros em Burro Morto. As
estradas eram poucas e estreitas, para um terno de burro ou mula. O Nilo Parise
foi o primeiro motorista do lugar, que apareceu em Burro Morto vindo de Putinga
da Charqueada. Também colocou um deposito de bebida e fazia muitos
refrigerantes para a população de Burro Morto, Fontoura Xavier etc. Depois que
começou a entrar os caminhões e as carroças desapareceram. Santo Pessetto
lembra que trabalhou dois anos para o Zanotelli, depois com o Batista Zen.
Depois que saiu deste trabalho entrou no Zanotell, para trabalhar o (sabão
preto) Eduino, conhecido por dente de ouro. O produto vinha de São João da
Jacutinga, Santa Lúcia, São Sebastião, Colônia Nova, Picada Vitória, 3
Pinheiros, Pitanga e outro lugares. Na frente da carroça vinha sempre o amadrinhador
e no final o santo colocava o sincero dar sinal que a tropa vinha toda junto e
percebia logo que algo tinha acontecido. Era comum nesta época ir na frente o amadrinhador
puxando a tropa e na retaguarda o tropeiro que ficava atento a tudo que
acontecia durante a viagem. Santo lembra que tinha burro que furava o saco para
comer milho, então colocava um bornal. De manhã levantava bem cedo para prender
os burros um por um e colocavam todos acolherados um atrás do outro, amarados
nas cangalhas e estavam prontos para
sair para as picadas. A colheita é feita o ano inteiro, uns vendiam logo,
outros guardavam no paiol para esperar preço. Santo lembra que só voltou para
roça depois que casou, antes trabalhava um pouco aqui e um pouco ali, e também
trabalhou em Santa Catarina para ajudar um irmão. Lembra que os colonos sempre
davam um pouco de milho de feijão para ajudar na construção da Igreja, isso era
colocado a parte e depois os comerciantes acertavam com o Frei Alfredo para
ajudar na construção da Igreja Nossa Senhora do Rosário. Santo Pessetto lembra
que com o passar do tempo o Frei Teodósio, ia no interior fazer arrecadação e
assim ele vendia os produtos e recebiam
o dinheiro para a Igreja. Pedro Nicolau foi o primeiro Comerciante de Burro
Morto, após a sua morte entravam outros. Lembra o Santo Pessetto que nos
domingos a praça enchia cavalos de gente que vinha do interior para as missas.
A Igreja era de madeira onde tem o pavilhão (salão paroquial). Santo Lembra que
trabalhava no comércio, e quando não tinha trabalho nos armazéns vinha prestar
serviço na Igreja. Santo Pessetto gostava muito de ir em Fontoura Xavier, lá tinha seus amigos Tafarrel
onde o acolhiam muito bem, e em São José também acontecia a mesma coisa. O
Frei Teodosio tinha um cavalo e um mula, depois ganhou um jeep para atender as
comunidades. Quando saía de mula para as comunidades levantava as 3h da
madrugada, para rezar missa. O Burro Morto tinha umas 12 a 15 casas, quando ele
era guri, a 80 anos atrás. Lembra que os moradores colocavam um armazém, outro
ferraria, outras atividades. Armando Colusi foi o primerio ferreiro deste lugar
levantava às 4 horas da manhã para trabalhar, fazia todo tipo de ferramenta. O
último ferreiro foi Santo Jacomole.
Tropas de burro (contado por
Juarez Rogeri)
O Sr. Pedro Rogeri, pai de Nelson
e Juarez Rogeri, era dono de tropas de Burros e mulas, e possuía um armazém de
secos e molhados onde há hoje a entrada para a Pitanga e Linha Vitória, próximo
da Comunidade São Brás. Juarez lembra quando criança, que seu pai trabalhava
com a cargas de burros buscando produtos do interior para abastecer os armazéns
e também reunir tudo para depois ser levado para lajeado. O Sr Pedro Rogeri era
proprietário de uns 12 a 15 burros que estava estabelecido na entrada da Linha
vitória. Fazia a busca do produto do
interior e também sempre levam alguns produtos para os agricultores que
solicitavam. Para Lajeado os produtos eram feitos por caminhão, mas por estrada
velha a esquerda da atual e somente por estrada de chão. O motorista era o Sr.
Ângelo Bozetti, que levava para Lajeado feijão, milho, fumo, banha etc. Trazia todo
tipo de produto que tinha aqui, e eram comercializados no seu armazém tais
como: farinha, arroz, azeite, café, sardinha, bacalhau, calçado, tecidos. A
fazenda trazia das lojas americanas, os demais produtos da Roncal, antes da
atual Fiat. O Sr Eli tinha um atacado,
onde tinha de tudo, hoje é o atacado Ferrari. No Roncal segundo o Juarez trazia
galinhas cantando e os ovos cheirando. O Tropeiro do Sr. Pedro Rogeri era o seu
filho Ilo Roger, este levantava cedo para colocar os burros em prontidão, nas
suas cangalhas e assim lá pelas 9h horas estavam prontos para sair nas picadas,
e lá pelas 15 ou 16h estava pronto para retornar. Muitas vezes levava o almoço
que consistia no seguinte; rapaduras, pão, salame, sardinha, e o caminho era
somente trilhos feitos para passar a tropa de burros. Quando se davam o
encontro de duas tropas de burros nesses caminhos era muito complicado, alguém
tinha de retornar, até que desce passagem. Quando rasgava algum saco, o
troperio se percebia, tinha que para e ajuntar o material e ensacá-lo
novamente, e após prosseguir viagem. Juarez disse que o transporte até lajeado
por burros era no tempo de seu pai, pois não tinha estradas era somente trilhos de burros e mulas.
Mentira (Mituia) 2º lugar de nova Brescia 2015
Como esse foi um ano de muita
seca, está faltando muita água nas propriedades contou para ao povo publico de
nova Brescia, que havia uma grande solução para comunidade. Que ele tinha
plantado muito chuchu, para resolver a situação da água. Que ele já colheu 15
escania carregada de chuchu e mais 30 estava na espera para carregar e quem não
acreditava, ele tinha um chuchu, que mais ou menos, dava dois litros de água
pura para tomar e quem duvidasse ele mostrava a realidade, botou uma torneira
num chuchu, e o chuchu de imediato largou pela torneirinha, mais ou menos 2
litro de água em 30 segundos.
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