terça-feira, 9 de agosto de 2016

Histórias do passado


O grande motorista

Numa estrada muito sinuosa do interior de São José do Herval, cheia de curvas e muito íngreme, aconteceu um encontro de 2 irmãos dirigindo diferente veículos. Um descendo uma ladeira com um ônibus lotado de passageiros. O outro subindo com uma carreta carregada de bois. Eis que se encontraram numa curva muito acentuada e um não podia ultrapassar  o outro, e não tinha com voltar de ré, pois a ladeira era muito íngreme. A única solução foi soltar a carreta de ré pelas curvas, por mais de 1 km, parecendo uma verdadeira cobra serpenteando aquelas encostas de morro a toda em grande velocidade retorcendo-se toda naquelas íngremes descuidadas, chegando ao pé do morro são e salvos.

 

Mandioca

No fundo do Rio Forqueta morava a família do João Meira que tinha um mandiocal. Um belo dia uma porca de sua propriedade desapareceu. O dono da casa saiu a procura, mas não encontrou. O João deu-se conta quando viu um pé de mandioca comido, e começou procurar por esse trilho, seguindo o rastro viu que os porcos atravessaram o rio forqueta comendo e fazendo festa com a  mandioca do outro lado do rio. Os porcos fizeram um túnel passando por baixo do rio passando pra  o outro lado. Imagine o tamanho desse pé de mandioca, quantos caminhões necessitava para transportar a carga desse pé de mandioca. Quanto tempo precisaram para comer e furar o grande túnel. Histórias do nosso lugar. Quantos porcos daria para engordar na base desse mandiocal.

O CTG

O Tonho falou que numa época de setembro dos ctg e da grande semana farroupilha vivia somente nos ctgs. Sua alimentação era carne e churrasco, já não aguentava mais era churrasco de manhã, a meio dia à tarde e também de noite durante muito tempo. Então ele disse para uns amigos mais achegados é seguinte: Pos oia homem eu já estou defecando salame.

 

A pescaria

Francisco Júlio da Silva

O Francisco estava pescando no Rio Forqueta, depois do meio dia. Lá pelas 3 horas da tarde, saíu uma mulher do mato chorando. O Francisco não deu muita importância e continuou pescando. Ela continuou chorando a tarde inteira há uns 20 metros, porém o Francisco não via nada, apenas ouvia o seu choro.  O Francisco fez uma grande pescaria e encheu um balaio de peixes.  Terminada a pescaria foi para casa e a mulher acompanhou até bem perto da sua casa. Então resolveu falar para algumas pessoas esse fato, e o local onde a mulher havia saído. Alguns dias depois voltou lá e encontro 3 buracos cavados em forma de triangulo, certamente alguma coisa encontram, ou pedra ôca ou alguma e talvez algum tesouro, mas o Francisco nunca ficou sabendo de nada.

                                                              O Mandiocal

O tilo meu irmão, pois ele fez um mandiocal, plantou  um quadro de mandioca. Pois aquela mandioca, acredite ninguém acredita. Pois, o tilo meu irmão, pois ia lá com o cargueiro, pois tinha que picar as raízes para um balaio. Enchei um cargueiro com 1 pé de mandioca. Pois o  quando de mandioca era um cantinho. Só com uma pé mandioca dava engordar uma Chiqueirada de porcos. Poso oia home, para terem uma idéia uma raiz da mandioca era uma grossura do cano do fogão.

                                                             O motorista

Pois eu trabalhava para o Berto Zanotelli, para puxar gado. O tilo meu irmão trabalhava também para o Berto Zanotelli. Um tarde nos estava lidando com gado em São João da Jacutinga. Carregamos uma carreta de gado e vindo para São José, encontramos um ônibus dos alunos e a estrada não dava encontro. Pois aí subindo o cerro com uma carreta carregada de gado e o ônibus descia, o ônibus não consegui voltar, pois o cerro era muito forte. Então eu disse para o tilo, me dá o volante dessa carreta, que eu vou dar ré até lá embaixo da sanga, pois, lá é o único lugar que dá encontro. Pois pequei o volante da carreta, caminhão só nos espelhos desci ladeira abaixo, parecendo uma cobra retorcendo cerro abaixo naquele laderão em torno de 1km, pois levei a carreta caminhão carregada de gado, sem único arranhão até a sanga. E o ônibus passou livrinho sem nenhum aranhão , pelo caminhão e assim continuamos a nossa empreita de entregar o gado para o seu destino.

 

O galo

Vindo da roça, embarcado na carroça tonho se encontrou com outro tonho e o miquinho, passando a conversar. Passando por uma estrada entre um carro e outro. Passaram a falar de galinha. Tonho então conta que na casa dele tinha um grande criação de galinha gigante, como ele estava de pé dentro da carroça, estendeu um braço do lado de fora da carroça e este braço daria no chão em torno de 2 metros e ao mesmo tempo ele era um homem alto. Voltando a criação de galinha ele conta que o galo era esse tamanho, ou seja: ele em pé encima da carroça e com  braço estendido horizontalmente para fora,  mostrando para o  outro tonho e o miquinho o tamanho desse galo. Pos oi home esse galo devia ter uns dois metros de altura.

O Salame

Tonho participava muito de rodeios.pois era bom de laço, todos os tiros de laço. Dificilmente não fazia a armada. Participava de um rodeio ele e o irmão tilo agrupado com o alberto zanotelli, pois naquele rodeio   a abundancia de carne. Pois oia homem nem dava para acreditar. Era carne de manhã, churrasco ao meio dia e churrasco a noite, pois passamos uma semana comendo carne. Pois oia homen eu nunca vi tanta abundancia de carne. Poi nós não comia outra coisa, só carne. Pois saímos desse rodeio e para encurtar, passamos 3 dias cagando salame.

O micro ônibus

O tilo meu irmão estava com a esposa muito doente, em estado terminal. Uma amiga queria visita-la, pediu ao tilo se podia fazer essa visita. Ele respondeu que não, pois ela estava muito mal. Falou o tilo que uma amiga que também queria visita-la e também disse que não. Para encurtar o assunto contou que um dia antes tinha chegado de soledade um micro-onibus com 82 pessoas para visita-la, ele não deixou porque era muita gente. Assim as pessoas deram volta para casa sem alcançar o seu objetivo. Pos oia homem era gente demais, para visitar a doente em estado terminal.

O Peixe foi a mituia do 5º de nova Brescia de 2015 (ovilde)

Um senhora gostava muito de pescar, e de comer peixe com polenta. Uma tarde muito quente ela foi pescar, pois estava com vontade de comer peixe. Colocou as iscas no anzol e lançou o anzol para dentro do rio, não demorou muito e a linha esticou, pensava que ia quebrar a linha, pois, o peixe parecia ser muito grande. Viu que o peixe ficou trancado entre duas pedra, ela não teve duvida, chamou uma carregadeira para afastar as pedras e assim pode puxar o peixe para fora d’agua.  Quando conseguiu tirar o peixe da água, só o rabo desse peixe pesava 50 kg. Então imagine o tamanho desse peixe.

 

O Mandiocal

O tilo meu irmão falou para o senhor Ovilde o que havia  mandiocal perto do rio Forqueta. A raiz da mandioca passou por baixo da agua e foi para o outro lado do rio. Os porcos de um  lado do rio passava para o outro lado, passando  dentro da raiz que formava um tunem e assim atravessavam o rio e vinha atacar o mandiocal, e aos poucos o mandiocal ia desaparecendo, e ninguém sabia o que estava acontecendo. Um belo dia o tilo e tonho foram tomar providencias e descobriram  o assunto: que  a porcada estava engordando e passando bem. Pela raiz de mandioca os porcos passavam de um lado para o outro, na maior tranquilidade, pelo túnel da raiz da mandioca.

 

O tacho

Pois meu irmão o tilo conversando com o tonho, resolveu construir um tacho para matar esse porcos criados no mandiocal, do outro lado do rio. Resolveu contratar diversos ferreiros para uma grande obra, pois os porcos eram muito grande. Contratou ferreiros que fariam os tachos de cobre, e assim em pouco tempo poderia abater os porcos fujão. Mandou vir algumas carretas de cobre,  e assim iniciram a obra. Tudo ia muito  bem, até que la pelas tantas o tacho ia tomando formato. O Tonho resolveu perguntar como estava o tabalho. O tonho resolveu responder e para encurtar o assunto. Pois oia homen, nem te conto, o trabalho é árduo, e não se perde tempo. O Tacho é tão grande que quando um artesão bate de um lado, não se escuta no outro lado.

                                                    O tesouro

O joão  mudou-se para a localidade de São João da Jacutinga há pouco tempo. Mas ele já foi morador desse lugar há muito anos atrás. Todas as noites joão vinha a sonhar com um índio. No sonho o índio mostrava para ele uma árvore, na raiz da mesma árvore, tinha uma lajé e embaixo desse lajé, um tesouro. O joão foi até o lugar sonhado e encontro a árvore, no fundo da terra perto de um rio. João ergueu  a lagé e embaixo dessa lagé tinha uma ossada, João não mexeu e foi embora, e nunca mais voltou lá, e também procurou nunca mais falar sobre o assunto. A árvore continua lá, mas não sabe se ainda o tesouro continua lá embaixo da árvore e debaixo da ossada. Certamente segundo essas histórias eles pedem um bem sentimental isto é uma pessoa. João ficou com medo e decidiu não perder ninguém e deixar que o tesouro continue enterrado embaixo daquela árvore.

 

                                                                    A vaca

O tilo contou a história para seu Ovilde de uma vaca muito boa de leite, que era algo impressionante. Ao ordenhar essa vaca precisava muito cuidado. Se o leite fosse tirado de um lado só, essa vaca  ela pendia e caia, assim precisava ser escorada para não cair, o  peso era tão grande que ela tombar. Então todo cuidado era pouco para tirar o leite um pouco de cada lado para não acontecer este imprevisto.  Assim evitar ajuda do guindaste conseguisse coloca-la novamente essa vaca em pé.

 

                                                                  O edifício

O tonho estava trabalhando na pedreira e estava todo suado, reclamava e xingava. Então o tilo nas suas andanças a cavalo  disse para o tonho não se estressar, pois para o ano seguinte iria construir um edifício todo de pedra, no centro de São José do Herval, mas que fazia sombra uma rica sobra. Para  encurtar o assunto ele iria trabalhar na sombra desse edifício.

                                                          

 

 

                                                             O tesouro

O joão  mudou-se para a localidade de São João da Jacutinga há pouco tempo. Mas ele já foi morador desse lugar há muito anos atrás. Todas as noites joão vinha a sonhar com um índio. No sonho o índio mostrava para ele uma árvore, na raiz da mesma árvore, tinha uma lajé e embaixo desse lajé, um tesouro. O joão foi até o lugar sonhado e encontro a árvore, no fundo da terra perto de um rio. João ergueu  a lagé e embaixo dessa lagé tinha uma ossada, João não mexeu e foi embora, e nunca mais voltou lá, e também procurou nunca mais falar sobre o assunto. A árvore continua lá, mas não sabe se ainda o tesouro continua lá embaixo da árvore e debaixo da ossada. Certamente segundo essas histórias eles pedem um bem sentimental isto é uma pessoa. João ficou com medo e decidiu não perder ninguém e deixar que o tesouro continue enterrado embaixo daquela árvore.

 

O jogo de bocha

No morro do sapato no tempo dos índios há um jogo de bocha de ouro enterrado escondido nesse lugar. Os índios não davam muita importância e enterravam o ouro para escondê-lo das pessoas.  Não sei se é lenda mas há muito comentário sobre esse assunto.

O galo

Vindo da roça, embarcado numa carroça, tonho se encontrou com o outro tonho e o marquinhos, passando a conversar. Parados na estrada entre um carro e outro, tonho começa a falar de galinha. Tonho então conta que na casa dele tinha uma grande criação de galinha gigante, como ele estava de pé encima da carroça. Estendeu a mão para o lado de fora da carroça e este braço saía do chão em torno de 2 metros, e ao mesmo tempo era homem alto. Voltando a criação de galinha ele conta que o galo era desse tamanho, ou seja do braço era desse tamanho, de cima da carroça até o chão.  O galo devia ter uns dois metros de altura.

A abelheira

O tilo contou para o seu ovilde: disse que estava com a carroça cheia de favos e mel tirados de uma toca, e ainda sobrou mais ou menos o dobro do que tinha tirado. Imagine você o tamanho dessa abelheira, e quanto mel ainda deveria ter.

 

O Antonio Luis Cemin lembra que quando era adolescente e jovem hoje com 51 anos de idade contou que no seu tempo começou a trabalhar bem cedo conduzindo tropas de burros. Fazia fretes nas roças e carregava feijão, milho e todos os produtos agrícolas. Tinha uma tropas de burros bem grande, todos eles com suas cangalhas, rabichos, cabestro, sacos , de carregar em fim todo o material necessário para o transporte de cargas. Os burros não eram ferrados e não tinham ferradura. Os donos desses burros eram: João Pinto, Decio ngnotto, Jeronimo Cegolin, Fioravante Sartori. Havia uma encerra para guardar todos os burros, pois era o transporte da época. Disse que no rio Duduia e em outros rios da região, e no tempo de enchente passou muito trabalho, pois, a correnteza era muito grande, disse que soltava o burro e também deixava a rédea solta e assim o burro com maior tranquilade atravessava o rio, apenas se afirma e o burro ia tranquilo, pois, ela nadava, falou que é muito diferente dos  cavalos. Na época não tinha ponte e o transporte era feito tudo na costas dos burros, e também vencer as distancias era feita à cavalo e ou a pé. A sacaria era tocada de troca de tempos, ficava muito desgasta e perdia os produtos, então se dizia da roupa nova e tudo branca. Quando a tropa era muito grande caminhando por esses morros muitas vezes ficava “repejando” isto é, na frente da para se enxergava o fim da tropa dando voltas nos morros. Todo cuidado era pouco para não perder nenhum burro pelos caminhos. Tinha burro muito aporreado no dizer do Antônio que não queria caminhar, lembra que certa vez um burro derrubou 4 adolescentes numa encosta de morro, mas lembra muitas coisas bonitas desse tempo , que não volta mais.

 

As tropas de burros do Galvão e Navegantes

Histórias lembradas pelos moradores do rio Galvão, Claudir Eugênio e Ari de Brum lembram com saudades aqueles tempos das tropas de burros, que os donos de Armazéns: Casimiro Macagnan, Décio nhoatto, Guilherme Trombini, Fioravante Pavi, Antônio Finatto e os irmãos Tomás Portella e José Portella, faziam o comércio dos produtos agrícolas e com tropas de Mulas.  O Sebastião de Brum tropeava para o Antônio Finatto. O Carmelindo Eugenio pai do Claudir tropeava para o Balduino Bagatini. As tropas de burros eram de mais ou menos 25 burros naquela região. Com os burros os Comerciantes buscavam a produção nas lavouras acidentadas e montanhosas dessa região, e transportavam para o comercio e para os armazéns da cidade de Lajeado e Santa Cruz do Sul. A viagem para Lajeado e Santa Cruz demorava de 4 a 5 dias. Traziam de lá mercadorias, que na troca a troca por feijão, milho, trigo e etc. em troca traziam açúcar, café, sal, fazendas etc e tudo o que as pessoas necessitavam. Levavam muita coisa para lajeado, no porto. Eram embarcado no vapor tocado a fogo, esta mercadoria ia para Porto Alegre. O primeiro paradouro era em tamanduá, onde pernoitavam. No dia seguinte muito cedo preparavam tudo para chegar na praça em lajeado. Na frente da sempre ia o madrinheiro, e atrás por último era o tropeiro. Cada lote de burro sempre o madrinheiro para orientar o caminho, tropeio atrás para verificar se rasgava algum saco e ver se algum burro não se desviava do caminho.

Os burros sempre eram amarrados um no outro, nas cangalhas. No Galvão tinha dois ternos de burros, do Balduino Bagatini, que quando ia para Santa Cruz, dirigia-se com os dois conjuntos de burros, para levar mais carga. O burro da frente levava o cincero, que era um tipo de camapainha, isto se ouvia de longe, quando se aproximava das casa para buscar os produtos e facilitava de madrugada para prender os demais animais para coloca-los nas cangalhas, e facilitava para prender os demais. Principalmente que era uma invernada grande assim ajudava a localizar os demais. Disse o Eugênio que o burro de pernas listradas era muito difícil de domar e ficava muitas vezes caborteiro por natureza. No no Rio Fão havia a barca, e o burro não conseguia entrar de frente, tinha que se empurrado de frente para traz para embarcar, isto é coloca-lo de bunda. Esse transporte durou uns 40 anos de 1930 mais ou menos até 1970, quando começo os caminhões e abriram as estradas. Hoje ainda faz falta esse tipo de transporte aqui nessa região, pois, as estradas são muitos dobradas e não há condução que chegue nas lavouras.

A sacaria era branca, mas com o passar tempo ela escurecia. Cada burro carregava 120 kg, num saco grande, onde era divido ao meio 60kg de um lado direito  e 60 do outro lado esquerdo. Muitas vezes também os pais mandavam os filhos para o moinho a cavalo, e quando o saco caia era um martírio para criança colocar de volta o saco, ou pedir ajuda para alguém quando encontra pelo caminho. A sacaria era sempre por conta do dono do armazém. Também nessa época era muito comum encontrar pelas estradas tropas de gado, mas sempre nesses casos ia alguém a cavalo para avisar que era gado xucro e perigoso, esse gado era levado para o frigorifico de lajeado, e muitas vezes também era comercializado nas estradas.

Tropas de Burros de Burro Morto – Hoje são José do Herval –RS   Nilo Parise

Os donos de tropas de burros em Burro morto eram: Zem e Companhia e Parise e Zem e a casa de Comercio era Zen e Parise. Possuiam a tropas de burros para abastecer o armazém e buscavam os produtos no interior, com umas 12 a 15 mulas e burros. O Troperio era o Honório Pessetto e Santo Pessetto. Carregavam 2 sacos de 60 kg no lombo dos burros e estes tinham que tropear para chegar no lugar. Na época os burros iam até o rio Fão carregando os produtos porque não tinha estrada. Também carregavam madeira que era serrada aqui na serra, e amontuavam lá no rio, formando verdadeiras balsas e esperavam o rio subir para que as águas levasse essa grande quantidade por rio até Porto Alegre. Também amarravam as torras bem amarradas para que fossem levadas da mesma forma até a capital para serem serradas lá. Levavam um tipo de produção ensacada e de lá traziam produtos que aqui não tinha, farinha, açúcar, tecido, linhas. Isto aconteceu por muito tempo nos anos vinte até por volta do ano 50. As tropas traziam os mantimentos que abastecia também os armazéns. Nilo Parise comprou um caminhão F 6, foi o primeiro motorista de Burro Morto (hoje são José do Herval), e começou a levar a produção até Lajeado onde demorava de 6 a 8 horas de viagem, disse que saía de madrugada e voltava por volta de meia-noite. O comercio de Burro Morto era muito forte, e os donos de armazéns eram: José Batista Zen, Zanotelli, Dartora e Pretto, que movimentavam o povoado de Burro Morto. Tinha semanas que puxavam as torras e depois  as carroças levavam a madeiras até  o rio Fão, e de lá quando vinha a enchente, faziam as balsas e estas levavam a madeira serrada até Porto Alegre. As serrarias eram movimentadas com água e a vapor. Os sacos eram de Algodão Branco de 60kg. Os burros  faziam os buracos no chão, de tanto transitar no mesmo local. O Preto quando percebeu que a sociedade estava mudando entrando os caminhos Ele foi para soledade, o Batista zen foi para lajeado e por lá colocou mercado e casa de comercio.

 

Tropas de Mulas em Burro Morto (hoje São José do Heval –RS)  José Gheno

Os donos de topas de mulas era Francisco Zanotelli, José Pretto, Batista Zen que era cunhado de Nilo Parise e Abel Dartora, possuíam tropas de mulas para buscar os produtos para os armazém de Burro morto.  As tropas mulas iam até São João da Jacutinga, São Sebastião, Colônia Nova, Picada zifa. Chapecó. Antigamente só o Zanotelli colhia 15 mil saco de feijão num ano. Milho num ano mais 50 mil sacos era a produção quando Burro morto tinha muita produção e muita gente morando aqui. O Francisco Nicola Gheno num ano colheu mais de 500  saco de milho e engordou mais de 50 porcos.  Geraldo Bondam trabalhava  para o Zanotelli cuidando as tropas de burros e cada animal carregava  2 sacos de 60kg ou um saco grande 120kg  dividido em 2 parecido com mala de garupa. Atrás  da tropa  às vezes ia o tropeiro  atrás  para cuida se algum burro se perdia, ou se rasgava algum saco etc...Saco de algodão daquele grosso, comprido dividido pela metade. Aqui éra chamado de burro morto , porque caiu uma árvore  no meio do caminho e o tropeiro forçou o burro mais fraco e o animal quebrou o pescoço. Aqui tinha 4 casas de comercio, alfaiate, 2 ferreiro, moinho de comercio, fabrica de bota. Os burros eram amarrados um no outro nas cangalhas.  Os burros eram só de carga, e não de montaria. As cargas eram levadas para lajeado, levavam banha, charque, milho e feijão etc... Traziam café, sal, açúcar, farinha, tecidos etc.  Saiam de madrugada, primeiro pernoite era em Pouso Novo e outro em Marques de Souza, e  até chegar em lajeado. José Gheno nasceu em 1928, e o transporte de burro já existia naquela época e terminou por volta do ano 1970, quando entrou os primeiros caminhões nesta localidade. Disse que ainda é importante esse transporte no lombo de burros nos locais do interior para buscar as mercadorias nas roças, para lavar até as casas dos agricultores. Nestes locais não é possível ir carroças e conduções. Lembra ainda os tropeiros de gado que levavam e traziam gado pelas estradas, sempre na frente ia um tropeiro para chamar atenção do gado chucro. A Br, hoje chega a escoar toda a produção, muito rapidamente. A emancipação foi boa mas quebrou com os comerciantes do lugar. Os problemas políticos não desapareceram e hoje muita desunião.

Tropas de burros (Santo Pessetto)

Os proprietários Francisco Zanotelli, Batista Zan, José Preto e Abel Dartora. Eles iam buscar os produtos nas roças do interior, para comercializar nos seus armazéns. Ensacava lá na roça a primeira vez e depois chegando em casa, trocavam de saco por menor de 60 kg. O Leonelo de Oliveira era o tropeiro antes de Santo Pessetto, que levava a produção para Lajeado ou para Vila Fão. Naquele tempo, uma viagem de burro até Lajeado demorava 3 dias. A primeira parada era no Barro Preto, e a 2º  parada  era na Vila Fão. Na Vila Fão tinha a barca, e os burros estavam todos amarados para não perder a carga. Um burro carregava 120 kg e levava até o Vila Fão ou até Lajeado. Estradas, não existia, e era feitas a picão. Cada agricultor dava 12 dias de trabalho por ano para cuidar  das estradas. O Santo Pesseto ia no moinho no Lajeado feio, ele acha que quem cuidada do moinho de lá era gente do Zanotelli, cuidavam deste engenho. Colocava 2 burrinho na barca por vez para atravessar o rio e não afundar. Sempre levava um burro manso e outro xucro, pois este ia atrás do burro manso. Em 1955 o Santo Pessetto lembra que eram fortes as casas de comércio, naquela época. Levavam milho, feijão, trigo, cevada e outros e traziam querosene, sal, açúcar, tecido, calçados, tamancos, ferramentas. Era tempo mireis (dinheiro) 200 reis 500 etc, era o pouco de dinheiro que circulava na época. Santo Pessetto lembra que quando ia a escola no São Brás os trabalhadores, Vitório e João Rossi, puxavam madeira serrada para que na Vila Fão. Tinha duas serrarias naquela época em Burro Morto, dos Rampanelli e outra que não lembrou o nome. Aqui tinha só duas carroças de burros em Burro Morto. As estradas eram poucas e estreitas, para um terno de burro ou mula. O Nilo Parise foi o primeiro motorista do lugar, que apareceu em Burro Morto vindo de Putinga da Charqueada. Também colocou um deposito de bebida e fazia muitos refrigerantes para a população de Burro Morto, Fontoura Xavier etc. Depois que começou a entrar os caminhões e as carroças desapareceram. Santo Pessetto lembra que trabalhou dois anos para o Zanotelli, depois com o Batista Zen. Depois que saiu deste trabalho entrou no Zanotell, para trabalhar o (sabão preto) Eduino, conhecido por dente de ouro. O produto vinha de São João da Jacutinga, Santa Lúcia, São Sebastião, Colônia Nova, Picada Vitória, 3 Pinheiros, Pitanga e outro lugares. Na frente da carroça vinha sempre o amadrinhador e no final o santo colocava o sincero dar sinal que a tropa vinha toda junto e percebia logo que algo tinha acontecido. Era comum nesta época ir na frente o amadrinhador puxando a tropa e na retaguarda o tropeiro que ficava atento a tudo que acontecia durante a viagem. Santo lembra que tinha burro que furava o saco para comer milho, então colocava um bornal. De manhã levantava bem cedo para prender os burros um por um e colocavam todos acolherados um atrás do outro, amarados nas cangalhas e estavam  prontos para sair para as picadas. A colheita é feita o ano inteiro, uns vendiam logo, outros guardavam no paiol para esperar preço. Santo lembra que só voltou para roça depois que casou, antes trabalhava um pouco aqui e um pouco ali, e também trabalhou em Santa Catarina para ajudar um irmão. Lembra que os colonos sempre davam um pouco de milho de feijão para ajudar na construção da Igreja, isso era colocado a parte e depois os comerciantes acertavam com o Frei Alfredo para ajudar na construção da Igreja Nossa Senhora do Rosário. Santo Pessetto lembra que com o passar do tempo o Frei Teodósio, ia no interior fazer arrecadação e assim ele vendia  os produtos e recebiam o dinheiro para a Igreja. Pedro Nicolau foi o primeiro Comerciante de Burro Morto, após a sua morte entravam outros. Lembra o Santo Pessetto que nos domingos a praça enchia cavalos de gente que vinha do interior para as missas. A Igreja era de madeira onde tem o pavilhão (salão paroquial). Santo Lembra que trabalhava no comércio, e quando não tinha trabalho nos armazéns vinha prestar serviço na Igreja. Santo Pessetto gostava muito de ir em  Fontoura Xavier, lá tinha seus amigos Tafarrel onde o acolhiam  muito bem, e em  São José também acontecia a mesma coisa. O Frei Teodosio tinha um cavalo e um mula, depois ganhou um jeep para atender as comunidades. Quando saía de mula para as comunidades levantava as 3h da madrugada, para rezar missa. O Burro Morto tinha umas 12 a 15 casas, quando ele era guri, a 80 anos atrás. Lembra que os moradores colocavam um armazém, outro ferraria, outras atividades. Armando Colusi foi o primerio ferreiro deste lugar levantava às 4 horas da manhã para trabalhar, fazia todo tipo de ferramenta. O último ferreiro foi Santo Jacomole.

Tropas de burro (contado por Juarez Rogeri)

O Sr. Pedro Rogeri, pai de Nelson e Juarez Rogeri, era dono de tropas de Burros e mulas, e possuía um armazém de secos e molhados onde há hoje a entrada para a Pitanga e Linha Vitória, próximo da Comunidade São Brás. Juarez lembra quando criança, que seu pai trabalhava com a cargas de burros buscando produtos do interior para abastecer os armazéns e também reunir tudo para depois ser levado para lajeado. O Sr Pedro Rogeri era proprietário de uns 12 a 15 burros que estava estabelecido na entrada da Linha vitória.  Fazia a busca do produto do interior e também sempre levam alguns produtos para os agricultores que solicitavam. Para Lajeado os produtos eram feitos por caminhão, mas por estrada velha a esquerda da atual e somente por estrada de chão. O motorista era o Sr. Ângelo Bozetti, que levava para Lajeado feijão, milho, fumo, banha etc. Trazia todo tipo de produto que tinha aqui, e eram comercializados no seu armazém tais como: farinha, arroz, azeite, café, sardinha, bacalhau, calçado, tecidos. A fazenda trazia das lojas americanas, os demais produtos da Roncal, antes da atual Fiat.  O Sr Eli tinha um atacado, onde tinha de tudo, hoje é o atacado Ferrari. No Roncal segundo o Juarez trazia galinhas cantando e os ovos cheirando. O Tropeiro do Sr. Pedro Rogeri era o seu filho Ilo Roger, este levantava cedo para colocar os burros em prontidão, nas suas cangalhas e assim lá pelas 9h horas estavam prontos para sair nas picadas, e lá pelas 15 ou 16h estava pronto para retornar. Muitas vezes levava o almoço que consistia no seguinte; rapaduras, pão, salame, sardinha, e o caminho era somente trilhos feitos para passar a tropa de burros. Quando se davam o encontro de duas tropas de burros nesses caminhos era muito complicado, alguém tinha de retornar, até que desce passagem. Quando rasgava algum saco, o troperio se percebia, tinha que para e ajuntar o material e ensacá-lo novamente, e após prosseguir viagem. Juarez disse que o transporte até lajeado por burros era no tempo de seu pai, pois não tinha estradas  era somente trilhos de burros e mulas.

 

 

Mentira (Mituia)  2º lugar de nova Brescia 2015

Como esse foi um ano de muita seca, está faltando muita água nas propriedades contou para ao povo publico de nova Brescia, que havia uma grande solução para comunidade. Que ele tinha plantado muito chuchu, para resolver a situação da água. Que ele já colheu 15 escania carregada de chuchu e mais 30 estava na espera para carregar e quem não acreditava, ele tinha um chuchu, que mais ou menos, dava dois litros de água pura para tomar e quem duvidasse ele mostrava a realidade, botou uma torneira num chuchu, e o chuchu de imediato largou pela torneirinha, mais ou menos 2 litro de água em 30 segundos.

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