domingo, 10 de abril de 2016

Crime dos Banhados

Fotos
O CRIME DOS BANHADOS

Filme desaparecido  
Categorias
Longa-metragem / Silencioso / Ficção

Material original
35mm, COReBP, 1.200m, 16q, Viragem

Data e local de produção
Ano: 1913-1914
Início: 1913.12.00
País: BR
Cidade: Pelotas
Estado: RS


Data e local de lançamento
Data: 1914.02.25
Local: Pelotas
Sala(s): Coliseu Pelotense


Circuito exibidor
Exibido em Pelotas, nos dias 26 e 27.02.1914, no Coliseu Pelotense
Exibido em Porto Alegre a 23.03.1914, no Íris, permanecendo quatro dias em cartaz.
Sinopse
Reconstituição de acontecimento da crônica policial. "O trágico episódio ocorrido em abril de 1912, quando uma família inteira foi barbaramente assassinada na Fazenda do Passo da Estiva, no 5§ distrito do município de Rio Grande.
O crime foi descoberto no princípio do mês de maio, quando um tropeiro, ao passar pela região conhecida por Banhados, estranhou o mau cheiro e o estado de abandono de uma propriedade. Foram encontrados seis corpos (...). O massacre causou forte impacto na opinião pública do Rio Grande do Sul,. No inquérito policial, que prolongou-se por mais de um ano, foram apontados os três jagunços responsáveis pelo assassinato.
Primeiramente, a polícia falou em latrocínio. Como a hipótese de roubo era inconsistente, cogitou-se de uma possível disputa de terras entre dois fazendeiros. (...) Em todo o lugar, à boca pequena, as pessoas não tinham dúvida de que o assassinato era fruto de uma rixa política.
Os boatos chegaram aos ouvidos de Borges de Medeiros, presidente (governador) do Estado, o qual nomeou pessoa de sua estrita confiança para presidir o inquérito. Tratava-se do coronel Ramiro de Oliveira, subchefe de polícia da região (...).
Os segmentos (do filme), conforme divulgavam os jornais, eram assim titulados: O Dinheiro, A Caça, Os Associados e A Emboscada." (YLS-PHC/FS)
Gênero
Drama; Policial
Termos descritores
Homicídio; Política
Termos geográficos
RS
Produção
Companhia(s) produtora(s): Guarani Filmes
Produção: Xavier, Francisco Vieira; Santos, Francisco

Direção
Direção de cena: Santos, Francisco

Fotografia
Operador: Santos, Francisco

Dados adicionais de direção de arte
Contra-regra/acessórios de cenografia: Alba, M. C.

Locação: RS; Pelotas - RS; Chácara da Baronesa, Pelotas - RS; Fragata, Pelotas - RS; Rua Marechal Floriano, Rio Grande - RS; Praça General Telles, Rio Grande - RS
Identidades/elenco:
Cardoso, Jayme (o "mocinho")
Pinto, Jorge
Diniz, Graziela
Pera, Abel
Pera, Manoel
Moraes, Pinto de
Cancella, Ribeiro
Cancella, Antonieta
Xavier, Francisco Vieira
Araújo, Oscar
Duarte, Oscar
Duarte, Antonieta
Xavier, Carlos
Santos, Francisco

Conteúdo examinado: N
Fontes utilizadas:
YLS-PHC/FS, p. 64-72
AJP/P in Correio do Povo, Porto Alegre, 17.03.1974, p. 20
TB/CRGS, artigo de Antonio Jesus Pfeil, p. 21
CS/FCB citando depoimentos de Carlos Xavier e Abreu Santos
Fontes consultadas:
AJP/FCG citando Correio do Povo, 21 e 23.03.1914
FCB/FF
Cinearte, 01.03.1935
ALSN/DFB-LM
Observações:
Acreditava-se que havia sido lançado em duas séries, de quatro partes cada uma. Um anúncio de época, citado por AJP/P, refere-se à primeira série como sendo composta por "um epílogo, quatro extensas partes e 840 belíssimos quadros". YLS-PHC/FS complementa: "Há discrepância quanto à produção dessa segunda parte do filme principalmente por inexistirem dados comprobatórios. Os elementos disponíveis não sustentam tal possibilidade, mas acenam para um fato bastante significativo: ao ser lançado em Porto Alegre, o filme foi anunciado como tendo - além das quatro partes originais - um prólogo e um epílogo, não mencionados antes. (...) Acreditamos que Santos tenha rodado algumas cenas novas, reaproveitado sobras da primeira filmagem e reeditado" o filme. "Em seu depoimento, Homero Santos confirmou esse acréscimo, pois teria projetado o filme por volta de 1930, no Capitólio de Pelotas". Antonio Jesus Pfeil, in TB/CRGS, cita Opinião Pública, de 21.03.1914, no qual foi anunciada a confecção "da segunda parte da película sobre a hecatombe dos Banhados".
YLS-PHC/FS informa: "A. J. Pfeil entrevistou o assistente de contra-regra do filme, que, já muito idoso, só lembrava que o contra-regra chamava-se .
A mesma fonte conta que os créditos eram em cor vermelha, um método que Francisco Santos "empregava com freqüência, colocando sépia, azul, amarelo, verde e outras, segundo as cenas sugerissem luz, vegetação, noite, sol, etc."
A indicação do fotógrafo é de CS/FCB. YLS-PHC/FS indica Santos "como eventual operador". Cinearte indica como operador.
CS/FCB não inclui Jorge Pinto, Abel Pera e Antonieta Duarte no elenco. Em contrapartida, inclui ; , o menino e a família . Quanto a , no elenco, informa que sua participação como ator tem Abreu Santos como fonte, mas é negada por Carlos Xavier. Informa também que o elenco é o relativo às duas séries. CS/FCB informa por fim que a segunda série teria se chamado . Pesquisas posteriores de AJP/P e YLS-PHC/FS indicam que este seria o título de um outro filme.
FCB/FF, citando Alex Viany, informa: "Baseado num crime político mandado praticar pelo Intendente (Prefeito) de Rio Grande e chefe político situacionista (Trajano Lopes)." A segunda série "dava como móvel do crime o roubo".
Fotografia: YLS-PHC/FS, p. 72.
Nome correto da companhia produtora, segundo GNP/PCG: .

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