Redação - Auto
Biografia – para ser admitida -
professora
Norma Clementina Catharina Corbellini Zanatta
Meus pais me deram o
nome de Norma porque foi escolhida pela minha madrinha de batizado. Pois onde nós
morávamos era só alemães que residiam naquele lugar chamado Linha 7 de setembro. Morando lá
também uma alemoazinha chamada Norma. Então minha madrinha quis que me
batizassem com este nome que sempre será chamado. Tenho recordação da minha
infância que sempre tenho morado no meio das precipícios onde havia escolas e
nem igrejas, por isso peço a Dra. Naydes que me desculpe pela meu pouco saber
porque tivesse muitas instrução durante minha mocidade.
Procurarei estudar sempre para tormar-me cada vez sempre mais instruída. Seguirei o caminho
de escola porque quem segue este caminho segue o caminho do bem. O dia mais
agradável para mim foi da 1º comunhão, porque toda as crianças iam receber o
Salvador do mundo que sofreu tanto para nossa salvação.
Outra alegria que tive quando comecei a frequentar as
escolas onde cheguei avaliar o que era
viver nesta terra que é chamada de Pátria.
Até hoje na minha
vida tive poucos prazeres. O pior foi para mim no tempo em que meu pai
enlouqueceu. Isto aconteceu na semana santa no lugar chamado Sampaio, no
munícipio de Lageado. Na 5º feira da Semana Santa pela manhã ao romper da
aurora os raios entravam pelas janelas e papai levantou gritando e foi para o moinho e dizia sempre: Fazem
bastante pão que há de vir muita gente aqui em nossa casa,
Chegava gente no moinho e papai os surrava porque eles não
diziam que ele era, Deus. Papai só dizia que ele era Deus e nos os filhos de
Deus. Quem não dizia assim apanhava dele. O mais triste aconteceu depois quando
ele pegou um facão e o afiou bem e pegou uma gamela e queria cortar-se o
pescoço e ele dizia que o sangue devia ser posto naquela gamela.
Depois reuniram-se várias pessoas e o deitaram no chão e a
mamãe o amarou fortemente nos braços e as mãos. Era uma tristeza aos ver aquela
procissão de gente um atraz do outro e papai na frente amarrado que cantava e
gritava, e o levaram para a sede.
Aqui descrevi o 1º dia porque se vou descrever tudo não há
tempo que chegue para descrever o que passamos durante 3 anos de sua loucura.
Eu hoje calculo que sou muito esquecida e fraca porque tinha
levado muitos sustos enquanto menina de
pai. Enfim até hoje para mim foi esta a maior tristeza.
Para o futuro desejarei ser uma boa professora procurando
estudar sempre , porque a professora tem uma grande responsabilidade para com
seus alunos que lhes forem entregues, fazendo crescer no espirito da criança
sentimentos de brasilidade e que um dia ela possa viver bem no meio da
sociedade.
Norma Corbellini
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