Ana Lucia.L.De Bonis
Shiatsu / Acupuntura / Fitoterapia Chinesa
anallebonis@ajato.com.br
Santa pimenta
Quem coloca a pimenta no dia-a-dia está levando, além de
tempero, uma série de medicamentos naturais: analgésico, anti-inflamatório,
xarope, vitaminas, benefícios que os Chineses e outros povos primitivos
descobriram há milhares de anos, utilizando-a como fitoterápico e que agora
estão sendo comprovados pela ciência.
A pimenta faz bem à saúde e seu consumo é essencial para
quem tem enxaqueca. Essa afirmação pode cair como uma surpresa para muitas
pessoas que, até hoje, acham que o condimento ardido deve ser evitado.
A pimenta traz consigo alguns mitos, como por exemplo o de
que provoca gastrite, úlcera, pressão alta e até hemorroidas. Nada disso é
verdade. Por incrível que pareça, as pesquisas científicas mostram justamente o
oposto! A substância química que dá à pimenta o seu caráter ardido é exatamente
aquela que possui as propriedades benéficas à saúde.
O nome da substância é piperina. Na pimenta vermelha, é a
capsaicina. Surpresa! Elas provocam a liberação de endorfinas - verdadeiras
morfinas internas, analgésicos naturais extremamente potentes que o nosso
cérebro fabrica!
O mecanismo é simples: Assim que você ingere um alimento
apimentado, a capsaicina ou a piperina ativam receptores sensíveis na língua e
na boca. Esses receptores transmitem ao cérebro uma mensagem primitiva e
genérica, de que a sua boca estaria pegando fogo. Tal informação, gera,
imediatamente, uma resposta do cérebro no sentido de salvá-lo desse fogo: você
começa a salivar, sua face transpira e seu nariz fica úmido, tudo isso no
intuito de refrescá-lo.
Além disso, embora a pimenta não tenha provocado nenhum dano
físico real, seu cérebro, enganado pela informação que sua boca estava pegando
fogo, inicia, de pronto, a fabricação de endorfinas, que permanecem um bom
tempo no seu organismo, provocando uma sensação de bem-estar, uma euforia, um
tipo de barato, um estado alterado de consciência muito agradável, causado pelo
verdadeiro banho de morfina interna do cérebro. E tudo isso sem nenhuma gota de
álcool!
Quanto mais ardida a pimenta, mais endorfina é produzida! E
quanto mais endorfina, menos dor e menos enxaqueca.
E tem mais: as substâncias picantes das pimentas (capsaicina
e piperina) melhoram a digestão, estimulando as secreções do estômago. Possuem
efeito carminativo (antiflatulência). Estimulam a circulação no estômago,
favorecendo a cicatrização de feridas (úlceras), desde que, é claro, outras
medidas alimentares e de estilo de vida sejam aplicadas conjuntamente. Existem
cada vez mais estudos demonstrando a potente açãoantioxidante(antienvelhecimento)
da capsaicina e piperina.
Pesquisadores do mundo todo não param de descobrir que a
pimenta tem qualidades farmacológicas importantes. Além dos princípios ativos
capsaicina e piperina, o condimento é muito rico em vitaminas A, E e C, ácido fólico,
zinco e potássio. Tem, por isso, fortes propriedades antioxidantes e protetores
do DNA celular. Também contém bioflavonóides, pigmentos vegetais que previnem o
câncer.
Graças a essas vantagens, a planta já está classificada como
alimento funcional, o que significa que, além de seus nutrientes, possui
componentes que promovem e preservam a saúde. Hoje ela é usada como
matéria-prima para vários remédios que aliviam dores musculares e reumatismo,
desordens gastrintestinais e na prevenção de arteriosclerose.
Apesar disso, muitas pessoas ainda têm receio de consumi-la,
pois acreditam que possa causar mais mal do que bem. Se você é uma delas, saiba
que diversos estudos recentes têm revelado que a pimenta não é um veneno nem
mesmo para quem tem hemorroidas, gastrite ou hipertensão.
DOENÇAS QUE A PIMENTA CURA E PREVINE
Baixa imunidade - A pimenta tem sido aplicada em diversas
partes do mundo no combate à aids com resultados promissores.
Câncer - Pesquisas nos Estados Unidos apontam a capacidade
da capsaicina de inibir o crescimento de células de tumor maligno na próstata,
sem causar toxicidade.
Outro grupo de cientistas tratou seres humanos portadores de
tumores pancreáticos malignos com doses desse mesmo princípio ativo. Depois de
algum tempo constataram que houve redução de 50% dos tumores, sem afetação das
células pancreáticas saudáveis ou efeitos colaterais.
Já em Taiwan os médicos observaram a morte de células
cancerosas do esôfago.
Depressão - A ingestão da iguaria aumenta a liberação de
noradrenalina e adrenalina, responsáveis pelo nosso estado de alerta, que está
associado também à melhora do ânimo em pessoas deprimidas.
Enxaqueca - Provoca a liberação de endorfinas, analgésicos
naturais potentes, que atenuam a dor.
Feridas abertas - É anti-séptica, analgésica, cicatrizante e
anti-hemorrágica quando o seu pó é colocado diretamente sobre a pele machucada.
Gripes e resfriados - Tanto para o tratamento quanto para a
prevenção dessas doenças, é comum recomendar a ingestão de uma pequena pimenta
malagueta por dia, como se fosse uma pílula.
Hemorróidas - A capsaicina tem poder cicatrizante e já
existem remédios com pimenta para uso tópico.
Infecções - O alimento combate as bactérias, já que tem
poder bacteriostático e bactericida, e não prejudica o sistema de defesa. Pelo
contrário, até estimula a recuperação imunológica.
Males do coração - A pimenta tem sido apontada como capaz de
interromper um ataque cardíaco em 30 segundos.
Ela contém componentes anticoagulantes que ajudam na
desobstrução dos vasos sanguíneos e ativam a circulação arterial.
Obesidade - Consumida nas refeições, ela estimula o
organismo a diminuir o apetite nas seguintes. Um estudo revelou que a pimenta
derrete os estoques de energia acumulados em forma de gordura corporal. Além
disso, aumenta a temperatura (termogênese) e, para dissipá-la, o organismo
gasta mais calorias. As pesquisas indicam que cada grama queima 45 calorias.
Pressão alta - Como tem propriedades vasodilatadoras, ajuda
a regularizar a pressão arterial
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