O DIA VINTE DE
SETEMBRO
He hoje a oitava vez que brilha no Rio-Grande do Sul este
Dia de ventura para os oprimidos, de honra e glória para os seus libertadores,
de vergonha e confusaó para os tyranos e seus satélites. Hoje completáo-se sete
anos de heróicos feitos, em cujos prazo tem visto o mundo com admiraçáo os
esforços de que sáo capazes os homens livres e virtuosos. Qual os pequenos cantáes da Suíssa resistindo aos
numeroso exercitos da Austria, os Rio-Grandense resistindo aos numerosos exércitos
da Austria, os Rio-Grandenses resistindo aos do tirando do Brasil, e
vencendo-os reiteradas vezes, conseguiraó sobre as ruínas de hum thono e
scpetro de ferro estabelecer, as bases do sólido Edifício Republicano. Nesse
edifício sem fausto, nem luxo, mas
regular e magestoso, observa-se a igualdade em todas as suas partes: a
liberdade os sustenta, a justiça o admira, a tolerância o esmalta; servem-lhe
de guarda o patriotismo, o valor, a humanidade, e todas as virtudes que
enobrecem os homens, e faraó a verdadeira causa dos prodígios que
immortalizaraó Grécia e Roma no tempo de suas maior grandeza. Rio-Grandenses!
Quáo gratas recordações nos devem inspirar este Dia verdadeiramente Nacional! A
História o apontará com hum monumento de glória firmado por vossas mãos.
Rio-Grandenses! Não cosintaes que os partidaristas da escravidaó offusquem o
seu puro esplendor. Leguemos a nossos filhos os princípios que nasceraó deste
formoso Dia, e entaó elles e nossos netos exultando de jubilio com posse da
verdadeira liberdade, diraó repetidas vezes: - Viva o Dia Vinte de Setembro.
Publicação do Jornal O Americano de 24 de setembro de 1842
Nt: Escrito do Jornal da época
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