Tropas de Burros de Burro Morto –
Hoje são José do Herval –RS Nilo Parise
Os donos de tropas de burros em
Burro morto eram: Zem e Companhia e Parise e Zem e a casa de Comercio era Zen e
Parise. Possuiam a tropas de burros para abastecer o armazém e buscavam os
produtos no interior, com umas 12 a 15 mulas e burros. O Troperio era o Honório
Pessetto e Santo Pessetto. Carregavam 2 sacos de 60 kg no lombo dos burros e
estes tinham que tropear para chegar no lugar. Na época os burros iam até o rio
Fão carregando os produtos porque não tinha estrada. Também carregavam madeira
que era serrada aqui na serra, e amontuavam lá no rio, formando verdadeiras
balsas e esperavam o rio subir para que as águas levasse essa grande quantidade
por rio até Porto Alegre. Também amarravam as torras bem amarradas para que
fossem levadas da mesma forma até a capital para serem serradas lá. Levavam um
tipo de produção ensacada e de lá traziam produtos que aqui não tinha, farinha,
açúcar, tecido, linhas. Isto aconteceu por muito tempo nos anos vinte até por
volta do ano 50. As tropas traziam os mantimentos que abastecia também os
armazéns. Nilo Parise comprou um caminhão F 6, foi o primeiro motorista de
Burro Morto (hoje são José do Herval), e começou a levar a produção até Lajeado
onde demorava de 6 a 8 horas de viagem, disse que saía de madrugada e voltava
por volta de meia-noite. O comercio de Burro Morto era muito forte, e os donos
de armazéns eram: José Batista Zen, Zanotelli, Dartora e Pretto, que
movimentavam o povoado de Burro Morto. Tinha semanas que puxavam as torras e
depois as carroças levavam a madeiras
até o rio Fão, e de lá quando vinha a
enchente, faziam as balsas e estas levavam a madeira serrada até Porto Alegre. As
serrarias eram movimentadas com água e a vapor. Os sacos eram de Algodão Branco
de 60kg. Os burros faziam os buracos no
chão, de tanto transitar no mesmo local. O Preto quando percebeu que a
sociedade estava mudando entrando os caminhos Ele foi para soledade, o Batista
zen foi para lajeado e por lá colocou mercado e casa de comercio.
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