sábado, 23 de maio de 2015

Tropas de Burros de Burro Morto – Hoje são José do Herval –RS Nilo Parise


Tropas de Burros de Burro Morto – Hoje são José do Herval –RS   Nilo Parise

Os donos de tropas de burros em Burro morto eram: Zem e Companhia e Parise e Zem e a casa de Comercio era Zen e Parise. Possuiam a tropas de burros para abastecer o armazém e buscavam os produtos no interior, com umas 12 a 15 mulas e burros. O Troperio era o Honório Pessetto e Santo Pessetto. Carregavam 2 sacos de 60 kg no lombo dos burros e estes tinham que tropear para chegar no lugar. Na época os burros iam até o rio Fão carregando os produtos porque não tinha estrada. Também carregavam madeira que era serrada aqui na serra, e amontuavam lá no rio, formando verdadeiras balsas e esperavam o rio subir para que as águas levasse essa grande quantidade por rio até Porto Alegre. Também amarravam as torras bem amarradas para que fossem levadas da mesma forma até a capital para serem serradas lá. Levavam um tipo de produção ensacada e de lá traziam produtos que aqui não tinha, farinha, açúcar, tecido, linhas. Isto aconteceu por muito tempo nos anos vinte até por volta do ano 50. As tropas traziam os mantimentos que abastecia também os armazéns. Nilo Parise comprou um caminhão F 6, foi o primeiro motorista de Burro Morto (hoje são José do Herval), e começou a levar a produção até Lajeado onde demorava de 6 a 8 horas de viagem, disse que saía de madrugada e voltava por volta de meia-noite. O comercio de Burro Morto era muito forte, e os donos de armazéns eram: José Batista Zen, Zanotelli, Dartora e Pretto, que movimentavam o povoado de Burro Morto. Tinha semanas que puxavam as torras e depois  as carroças levavam a madeiras até  o rio Fão, e de lá quando vinha a enchente, faziam as balsas e estas levavam a madeira serrada até Porto Alegre. As serrarias eram movimentadas com água e a vapor. Os sacos eram de Algodão Branco de 60kg. Os burros  faziam os buracos no chão, de tanto transitar no mesmo local. O Preto quando percebeu que a sociedade estava mudando entrando os caminhos Ele foi para soledade, o Batista zen foi para lajeado e por lá colocou mercado e casa de comercio.

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