domingo, 4 de maio de 2014

símbolos pascais


O Ovo

Era um símbolo padrão na festa da chegada da Primavera no Hemisfério Norte. A Igreja incorporou  esse símbolo como sinal de vida nova, de vida que está para nascer. É um símbolo de começo.

O Coelho

É um dos primeiros animais que em das tocas ao chegar a Primavera, após o Inverno, no Hemisfério Norte. A Páscoa ocorre nos primeiros dias da Primavera (para nós que habitamos o Hemisfério Sul, a Páscoa ocorre no Outono) e os coelhos logo põem a correr pelos campos verdes, floridos, dando a idéia de renascimento de vida que parecia “morta” durante o Inverno. O coelho é também sinal de fertilidade e multiplicação da vida.

O Riso de Deus (Frei Luis Carlos Susin)

A ressurreição de Jesus e o riso de deus. Um menino convidado pela professora a desenhar algo sobre a Páscoa, rabiscou um Jesus saindo do túmulo dianate dos guardas caídos e estupefatos, e Jesus ria até às orelhas. O menino escreveu em baixo: “Quem ri por último , ri melhor”.

Breve Glossário de Termos Técnicos (Italianos)


Breve Glossário de Termos Técnicos

 Aglutinação - fusão de dois elementos lexicais numa única palavra; Ponte e alto formam Pontalto (ponte alta).

 Antropônimo – nome próprio de pessoa e também sobrenome, embora se costume usá-lo mais comumente com a primeira acepção.

 Apelativo – qualquer tipo de vocábulo usado para designar uma pessoa, podendo ser nome, apelido, cognome.

 Cognome – épiteto nominal, apelido.

 Étnico – vocábulo que indica que um cidadão pertence a uma raça. A uma etnia, a um povo, como alemão francês, italiano.

 Gentilico – designativo dos habitantes de um país, de uamregião, de uma cidade, como Italiano, Lombardi, Milanese, Napolitano.

 Hipocorístico – forma abreviada ou modificada, de cunho popular e coloquial, de um nome; de Antônio, se formam os hipocorísticos Tonho, Toni, Toninho.

 Fitônimo – nome de palanta como olmo(olmeiro) vigna (videira).

 Hagiônimo – nome de santo, como Santo André, São Paulo, São Pedro.

 Hagionímico – sobrenome derivado de nome de santo, como Andreis, Petri, Pauli.

 Matronímico – sobrenome derivado deo nome da mãe e significa sempre filho de, como Agnesi (filho de Inês)De Maria, Di Anna.

 Pan – italiano – sobrenome, neste caso, que ocorre em todo o território da península itálica, como Rossi, Bianchi, Ferrari,

 Patronímico- sobrenome derivado do nome do pai e significa sempre filho de, como Petri, (filho de Pedro) Bernardi, Di Lauro.

 Sobrenominização – processo de transformação de um nome, de um apelativo em sobrenome.

 Topônimo – denominação de locais geográficos, áreas, países pontos de referencia, como italia, lácio, montanha, lago, rio, praia, praça, paço municipal, etc.

 Tomonìmico – sobrenome derivado de um topônimo, como Pisa, Roma, lago,Dal filme, Costa, Montagna, Piazza, Della Via.

 Zoônimo – nome de animal, como leone (leão) bue (boi).

 

 Uma listagem mais complexa dos sufixos que concorrem para a formação dos sobrenomes e também para a derivação lexical no idioma italiano pode ser encontrada num boa gramática histórica. Aconselha-se a leitura da Gramatica Italiana e dei sui Dialetti de Gehrad Rohlfs de onde, salvo pequenas alterações, foi extraído o elenco apresentado acima.

 Seria demasiado longo e enfadonho exemplificar cada um destes sufixos com alguns sobrenomes em que o mesmo se faz presente. Convém observar que os sufixos constituem a mairo fonte mulplicativa dos nomes familiares italianos. Estes concorrem realmente para, acredita-se decuplicar as formas originais dos sobrenomes italianos. Os exemplos falam por si. Do antropônimo Giovanni, resultam vários hipocirístico, como foi frisado anteriormente. Tomando-se um deles, Zan ou Zane, por exemplo, obtém-sem com a sufixação, sobrenomes com Zanin, Zanini, Zanon, Zanoni, Zanette, Zanetti, Zanotti, Zanotto, Zanella, Zanello. Zanelli, Zanengo, Zanenghi, Zanet, Zanet, Zanesi, Zanessi, Zanicchi, Zaniol, Zanioli, Zaniolo. Zanol, Zanolo Zanola, Zanot, Zanus, Zanuso, Zanussi, Zanut, Zanuto, Zanutta, Zanutti, Zanoto, Zanata, Zanatta, além de Zanni, Zannini, Zannoni,

 Ata, ita, uta: Deverbal, qualidade, noção temporal.

 etc. Assim também de Domenico, pode-se lembrar Domenichini, Domenechini, Domeneghini, Menichini, Meneghin, Meneghini, Menegato, Menegatti, Meneghetti, Menegotto, etc.

 Um fato interessante na formação dos sobrenomes é a dupla sufixação, Essa ocorre suficientes para verificar este fenômeno linguístico derivativo. Tomando o mesmo sobrenome Zane ou Zani, com o acressimo do sufixo diminuitivo otto, origina-se Zanotto; se a este, for acrescido o sufixo, também diminuitivo, ello, obtém sobrenome duplamente Zanotello. O curioso neste sobrenome é a sua carga semântica que foi perdida através dos séculos. Observa-se que Zane, Zani ou Zan representam hipocorístico que surge sob o signo de forte carga afetiva, pois se formou na linguagem popular e coloquial em que a afetividade e a benquerença propriciam fixação de todo hipocorístico.

 Outro exemplo idêntico, com o memo sobrenome Zani, se verifica-se com Zanini (com o sufixo diminuitivo – ino) e em Zaninelli com o sufixo diminuitivo – ello)

 Existem, porém sobrenomes com a tripla sufixação; e não são raros. Revendo o sobrenome Zane, Zani, forma-se Zanini com um primeiro sufixo diminuitivo; deste se origina Zaninelli, com o segundo sufixo diminuitivo; acrescentando-se a este último, o sufixo- ato tem-se como resultante o sobrenome Zaninellato, triplamente sufixado. Semelhante a este é o caso de Binellato; substraindo-se o último sufixo (ato), obtém-se o sobrenome Binello, Binelli; suprimindo-se o sufixo diminuitivo –ello rsulta outro sobrenome, Bino Bini: etc...

 Bibliografia:

 Mioranza, Ciro – 1940. Filius Quondam /Ciro Mioranza – São Paulo: São João Batista Editora, 1996

Chico Vagabundo


Chico Vagabundo

Caderno de poesia de Norma C.C.C. Zanatta

Nunca existiu criatura

Mais preguiçosa no mundo

Toda a gente o conhecia

Como chico vagabundo

 

Cansados de sustentá-lo

E lhe dar conselhos em vão

Seus amigos decidiram

Aplicar-lhes uma lição

 

Agarraram o indolente

E o puseram num caixão

Tendo o féretro seguido

Uma longa procissão

 

Ao passar por um estranho

Este mut comovido

Quis saber por toda a força

Quem e que tinha morrido

 

Não morreu disseram eles

Vai vivi pro cemitério

Merece bem essa sorte

Quem não leva a vida a sério

 

É um vádio um pobrezinho

Sem coragem pra viver

De que lhe serve essa vida

Se nem tem o que comer

 

Mas para resolver o assunto

O estranho se interpôs

Se é por falta de comida

Darei um saco de arroz

 

O chico que tudo ouvira

Ergue tampa do caixão

E voltando ao doador

Exige uma condição

 

Se o arroz estiver bem limpo

Aceito e fico contente

Mas se for arroz com casca

Toque o enterro prá frente

PARÓQUIAS EVANGELIZADORAS


A Palavra do Pastor: PARÓQUIAS EVANGELIZADORAS

+ Hélio Adelar Rubert -26/04/2014

 

A próxima Assembléia Geral dos Bispos em Aparecida, São Paulo (30/04- 09/05/2014), terá como tema central: “Comunidade de comunidades: uma nova paróquia”.  A temática sobre a evangelização nas paróquias será abordada pela segunda vez consecutiva. É sinal da importância do assunto para a pastoral no Brasil.

Será que as paróquias são evangelizadoras? Certamente, se acontecer uma conversão pastoral nos elementos essenciais em suas ações pastorais e formativas.

Com certeza imaginamos e desejamos uma paróquia com quatro elementos básicos: a) acolhimento; b) visitação; c) formação e d) valorização dos carismas e serviços.

Ao natural a paróquia é o espaço onde se nasce para a fé, se cultiva e se celebra a fé na família e na comunidade, se forma para a Palavra, se vivem os sacramentos e se busca a santidade na caridade, na justiça e na liberdade.

O primeiro elemento é o acolhimento de todos, pois a Igreja é a casa de todos. Os fiéis necessitam experienciar que a paróquia é sua casa. Daí a necessidade de desenvolver a pastoral da acolhida tanto na secretaria paroquial quanto nas pessoas e estruturas. Hoje as pessoas sentem necessidade de serem conhecidas, bem atendidas, valorizadas e chamadas pelo nome como sinal de afeto e acolhida. A secretaria é o cartão de visita. Nela a pessoa sente a Igreja amiga, solidária, atenciosa e comunhão.

O segundo elemento é a visitação que se constitui em missão, pois a paróquia existe para a sociedade e para o mundo. Muitos padres gostariam de visitar todas as casas e famílias, mas sentem a dificuldade nos centros urbanos maiores. Como Jesus ia ao encontro das pessoas, os evangelizadores sentem essa necessidade. É preciso estar perto na hora da dor, do sofrimento e na perda de um ente querido. Ser Igreja “em saída”.

A missão da Igreja é ir ao encontro nas periferias existenciais, na realidade de morte por violência, desemprego, droga e falta de amor. É chamada a ser como Jesus, o Bom Pastor, que ia ao encontro para conhecer as ovelhas, “sentir o cheiro”, saber onde moram, quais suas condições de vida e suas necessidades materiais e de fé.

O terceiro elemento duma paróquia evangelizadora é a formação. Santo Agostinho dizia: “Ninguém ama o que não conhece”. Isto significa ajudar as pessoas a ter um encontro pessoal com a pessoa de Jesus Cristo por meio de estudos bíblicos, retiros espirituais e outras formas de aprofundamento e experiência da fé.

Como os discípulos de Jesus se sentavam aos seus pés, os discípulos missionários modernos precisam estar com o Senhor para “sentir com Ele” e aprofundar as razões da fé e da esperança.

Um quarto elemento evangelizador duma paróquia é o cuidado e valorização dos serviços e carismas. Cada pessoa de fé, grupo, movimento eclesial e carisma religioso, possui os dons de Deus para servir. Daí a missão da paróquia criar oportunidades, espaços, formação e apoio à participação na riqueza das diferenças e na unidade dos ministérios e carismas. A sabedoria está em valorizar, somar e assumir o rosto de uma Igreja que ama, acolhe, celebra, serve e evangeliza. Por isso a paróquia cuidará dos jovens, famílias, casais, vocações, ministros, diáconos permanentes, acólitos, catequistas, organização da manutenção e das necessárias pastorais.

Será este o rumo duma paróquia mais evangelizadora?

 

 

O barbeiro

*O BARBEIRO** – Muito boa! – Vale a leitura.*

O florista foi ao *barbeiro* para cortar o cabelo.
Após o corte, perguntou ao barbeiro o valor do serviço, e o *barbeiro* respondeu:
– Não posso aceitar seu dinheiro porque estou prestando serviço comunitário esta semana.
O florista ficou feliz e foi embora.
No dia seguinte, ao abrir a barbearia, havia um buquê com uma dúzia de rosas na porta e uma *nota de agradecimento do florista*.
Mais tarde, no mesmo dia, veio um padeiropara cortar o cabelo. Após o corte, ao pagar, o barbeiro disse:
– Não posso aceitar seu dinheiro porque estou prestando serviço comunitário esta semana.
O padeiro ficou feliz e foi embora.
No dia seguinte, ao abrir a barbearia, havia um cesto com pães e doces na porta e uma *nota de agradecimento do padeiro*.
Naquele terceiro dia veio um deputado para um corte de cabelo.
Novamente, ao pedir para pagar, o barbeiro disse:
– Não posso aceitar seu dinheiro porque estou prestando serviço comunitário esta semana.
O deputado ficou feliz e foi embora.
No dia seguinte, quando o barbeiro veio abrir sua barbearia, havia *uma dúzia de deputados fazendo fila para cortar cabelo*.

Essa é a diferença entre os cidadãos e os políticos.

*"Os políticos e as fraldas devem ser trocados frequentemente e pela mesma razão."(Eça de Queiróz)*

Dom Tomas Balduino

Nossa eterna gratidão a Dom Tomas Balduino..
usamos a palavra do poeta para homenagea-lo.
 
 
Calou-se uma voz dos oprimidos
 
por Pedro tierra
 
Calou-se a voz de Tomás Balduíno,
nessa noite de 2 de maio.
Uma voz que nunca quiz ser sozinha,
sabia, desde os anos de chumbo:
uma voz solitária não suspende a manhã.
Quiz ser uma voz entre vozes,
ergueu sua voz dentro do vasto coro dos oprimidos:
os índios, os posseiros, os lavradores,
os retirantes da seca e da cerca
e os que se levantam contra elas,
as mulheres, os negros, os migrantes, os peregrinos
para forçar claridades, para ensinar amanhecer.
 
Tomás é palavra.
A palavra que banha como bálsamo.
A palavra que fustiga.
Incendeia.
A palavra que perdoa
mas aponta - sempre - o caminho da Justiça.
E o que somos na vida?
Somos os ossos das palavras
que povoam o caminho de pedra ou flores
que sangram os pés dos nossos filhos.  
 
Tomás é sertão.
O sertão e suas armadilhas.
O sertão e suas infinitas contradições.
Tomás é sertão
onde se dobram os ventos de Goiás e Minas,
onde nascem águas
nessa infinita geografia
que alimenta nossas esperanças.
 
Calou-se a voz de Tomás Balduíno.
Permanecerá sua palavra.
Tomás é sertão:
gesto de fé nessa gente que não se dobra.
 
 
 
Brasilia,Manhã de 3 de maio 2014, como um quadro de Goya.
 
 

 
NOTA DE FALECIMENTO
Dom Tomás Balduino, fundador da CPT, fez a sua páscoa
“Para tudo há uma ocasião certa;
há um tempo certo para cada propósito
debaixo do céu: Tempo de nascer e tempo de morrer,
tempo de plantar
e tempo de arrancar o que se plantou...
tempo de lutar e tempo de viver em paz”. 
(Eclesiastes 3:1-8)
É com grande pesar e muita tristeza que a Comissão Pastoral da Terra (CPT) comunica a todos e todas o falecimento de Dom Tomás Balduino. Fundador da CPT, bispo emérito da cidade de Goiás e frade dominicano, Dom Tomás lutou por toda sua vida pela defesa dos direitos dos pobres da terra, dos indígenas, das demais comunidades tradicionais, e por justiça social. Nem mesmo com a saúde debilitada e internado no hospital ele deixava de se preocupar com a questão da terra e pedia, em conversas, para saber o que estava acontecendo no mundo.
Aos 91 anos, completados em dezembro passado, Dom Tomás Balduino, o bispo da reforma agrária e dos indígenas, nos deixa seu exemplo de luta, esperança e crença no Deus dos pobres. Ficamos, hoje, todos e todas um pouco órfãos, mas seguimos na certeza de quem Dom Tomás está e estará presente sempre, nos pés que marcham por esse país e nas bandeiras que tremulam por esse mundo em busca de uma sociedade mais justa e igualitária.
Dom Tomás faleceu em decorrência de uma trombo embolia pulmonar, às 23h30 de ontem, 02 de maio de 2014. Ele permaneceu internado entre os dias 14 e 24 de abril último no hospital Anis Rassi, em Goiânia. Teve alta hospitalar dia 24, e no dia seguinte foi novamente internado, porém desta vez no Hospital Neurológico, também em Goiânia. 
O Corpo será velado na Igreja São Judas Tadeu, no Setor Coimbra, em Goiânia, até às 10 horas do domingo, dia 4 de maio, momento em que será concelebrada a Eucaristia, e logo em seguida será transladado para a cidade de Goiás (GO), onde será velado na Catedral da cidade até às 9 horas da segunda-feira, 5 de maio, e logo em seguida será sepultado na própria Catedral. 
Biografia de Dom Tomás Balduino
Dom Tomás Balduino nasceu em Posse, Goiás, no dia 31 de dezembro de 1922. Ele é filho de José Balduino de Sousa Décio, goiano, e de Felicidade de Sousa Ortiz, paulista. Seu nome de batismo é Paulo, Paulo Balduino de Sousa Décio. Foi o último filho homem de uma família de onze filhos, três homens e oito mulheres. Ao se tornar religioso dominicano recebeu o nome de Frei Tomás, como era costume.
Até os cinco anos de idade viveu em Posse. Depois a família migrou para Formosa, onde seu pai se tornou promotor público, depois juiz e se aposentou como tal.
Fez o Seminário Menor – Escola Apostólica Dominicana – em Juiz de Fora, MG. Fez os estudos secundários no Colégio Diocesano, dirigido pelos irmãos maristas, em Uberaba.  Cursou filosofia em São Paulo e Teologia em Saint Maximin , na França, onde também fez mestrado em Teologia.
Em 1950, lecionou filosofia em Uberaba. Em 1951 foi transferido para Juiz de Fora como vice-reitor da então Escola Apostólica Dominicana e lecionou filosofia, na Faculdade de Filosofia da cidade.
Em 1957, foi nomeado superior da missão dos dominicanos da Prelazia de Conceição do Araguaia, estado do Pará, onde viveu de perto a realidade indígena e sertaneja. Na época a Pastoral da Prelazia acompanhava sete grupos indígenas. Para desenvolver um trabalho mais eficaz junto aos índios, fez mestrado em Antropologia e Linguística, na UNB, que concluiu em 1965. Estudou e aprendeu a língua dos índios Xicrin, do grupo Bacajá, e Kayapó.
Para melhor atender a enorme região da Prelazia que abrangia todo o Vale do Araguaia paraense e parte do baixo Araguaia mato-grossense, fez o curso de piloto de aviação. Amigos solidários da Itália o presentearam com um teco-teco com o qual prestou inestimável serviço, sobretudo no apoio e articulação dos povos indígenas. Também ajudou a salvar pessoas perseguidas pela Ditadura Militar.
Em 1965, ano em que terminou o Concílio Ecumênico Vaticano II, foi nomeado Prelado de Conceição do Araguaia. Lá viveu de maneira determinante e combativa os primeiros conflitos com as grandes empresas agropecuárias que se estabeleciam na região com os incentivos fiscais da então SUDAM, e que invadiam áreas indígenas, expulsavam famílias sertanejas, os posseiros, e traziam trabalhadores braçais de outros Estados, sobretudo do nordeste brasileiro, que eram submetidos, muitas vezes, a regimes análogos ao trabalho escravo.
Em 1967, foi nomeado bispo diocesano da Cidade de Goiás. Nesse mesmo ano foi ordenado bispo e assumiu o pastoreio da Diocese, onde permaneceu durante 31 anos, até 1999 quando, ao completar 75 anos, apresentou sua renúncia e mudou-se para Goiânia. Seu ministério episcopal coincidiu, a maior parte do tempo, com a Ditadura Militar (1964-1985).
Dom Tomás, junto à Diocese de Goiás, procurou adequar a Diocese ao novo espírito do Concílio Ecumênico Vaticano II e de Medellín (1968). Por isso sua atuação, ao lado dos pobres, no espírito da opção pelos pobres, marcou profundamente a Diocese e seu povo. Lavradores se reuniam no Centro de Treinamento onde Dom Tomás morava, para definir suas formas de organização e suas estratégias de luta. Esta atuação provocou a ira do governo militar e dos latifundiários que perseguiram e assassinaram algumas lideranças dos trabalhadores. Em julho de 1976, Dom Tomás foi ao sepultamento do Padre Rodolfo Lunkenbein e do índio Simão Bororo, assassinados pelos jagunços, na aldeia de Merure, Mato Grosso. Em sua agenda estava programada uma outra atividade. Soube depois, por um jornalista, que durante esta atividade programada, estava sendo preparada uma emboscada para eliminá-lo.
Alguns movimentos nacionais como o Movimento do Custo de Vida, a Campanha Nacional pela Reforma Agrária, encontraram apoio e guarida de Dom Tomás e nasceram na Diocese de Goiás.
Dom Tomás foi personagem fundamental no processo de criação do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), em 1972, e da Comissão Pastoral da Terra (CPT), em 1975.  Nas duas instituições Dom Tomás sempre teve atuação destacada, tendo sido presidente do CIMI, de 1980 a 1984 e presidente da CPT de 1999 a 2005. A Assembleia Geral da CPT, em 2005, o nomeou Conselheiro Permanente.
Depois de deixar a Diocese, além de ser presidente da CPT, desenvolveu uma extensa e longa pauta de conferências e palestras em Seminários, Simpósios e Congressos, tanto no Brasil quanto no exterior. Por sua atuação firme e corajosa recebeu diversas condecorações e homenagens Brasil afora. Em 2002, a Assembleia Legislativa do Estado de Goiás lhe concedeu a medalha do Mérito Legislativo Pedro Ludovico Teixeira. No mesmo ano recebeu o Título de Cidadão Goianiense, outorgado pela Câmara Municipal de Goiânia. 
Foi designado, em 2003, membro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, CDES, do Governo Federal, cargo que deixou por sentir que pouco ou nada contribuía para as mudanças almejadas pela nação brasileira. Foi também nomeado membro do Conselho Nacional de Educação.
No dia 8 de novembro de 2006, Dom Tomás recebeu da Universidade Católica de Goiás (UCG) o título de Doutor Honoris Causa, devido ao comprometimento de Dom Tomás com a luta pelo povo pobre de Deus.
No dia 18 de abril de 2008 recebeu em Oklahoma City (EUA), da Oklahoma City National Memorial Foudation, o prêmio Reflections of Hope. A organização considerou que as ações de Dom Tomás são exemplos de esperança na solução das causas que levam a miséria de tantas pessoas em todo o mundo. A premiação Reflections of Hope foi criada em 2005 para lembrar o 10º aniversário do atentado terrorista de Oklahoma – quando um caminhão-bomba explodiu em frente a um edifício, matando 168 pessoas – e para homenagear aqueles que representam a esperança em meio à tragédia e dedicam suas vidas para melhorar a vida do próximo.
De 22 até 29 de março 2009 foi em Roma para participar das palestras em homenagem de Dom Oscar Romero e dos 29 anos do seu assassinato.
Em 2012 a Universidade Federal de Goiás (UFG) também lhe outorgou o título de Doutor Honoris Causa. Em dezembro do mesmo ano, durante as comemorações dos seus 90 anos, a CPT homenageou-o dando o seu nome ao Setor de Documentação da Secretaria Nacional, que passou a se chamar “Centro de Documentação Dom Tomás Balduino”.
Maiores informações:
Assessoria de Comunicação CPT Nacional – Cristiane Passos (62) 4008-6406 / (62) 8111-2890 / (62) 9268-6837
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